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Pietro De'Angelis
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Mensagem por Gam Qui maio 31, 2012 11:50 am



Pietro - Enganar
Manipulação+Empatia = 6 / epic 1
4, 7, 1, 7, 10, 7 = 5 sucessos+1 = 6 sucessos

Esperanza - Sacar
Percepção+Empatia = 4
7, 5, 3, 5 = 1 sucesso

- Oh...! - Nota-se claramente que ela fica feliz com a surpresa. Pietro é frio como um monstro ao enganar assim uma mulher que não sabe ainda que perdeu o marido. - Agora ele está no trabalho. Espera aí, eu vou te passar o telefone de lá.

Depois de alguns segundos esperando na linha, Pietro recebe um novo número. Observando a rua pela vitrine, ele nota que a chuva já parou. O movimento lá fora é incessante, ocasionalmente alguém passa e deixa um Blue-ray ou DVD na gaveta de devolução. A vida parece prosseguir à ritmo normal aqui.

Atrás de seu ombro, um espírito desencarnado o observa sinistramente. Henrique não consegue ouvir o que estão falando do outro lado da linha, mas ao lado de Pietro ele ouve perfeitamente tudo o que ele diz. A não ser que esse homem seja mesmo um ouríves ou algo do tipo, ele está claramente passando a lábia em quem quer que esteja no telefone com ele.

Um funcionário da locadora aproxima-se de Pietro. Com um sorriso profissional, ele aguarda que ele termine sua ligação para oferecer seus serviços ("Olá, posso ajudá-lo?").



Longe dali, já novamente próximo ao bar inicial, um chacal emerge do chão. Ele levanta a cabeça e as orelhas, encarando sua mestra com um olhar de quem aguarda uma ordem. Falando em sua língua natal (que seria...?), Vittoria passa instruções para ele. Ela claramente não está acostumada com o chacal, pois fala com ele como se fosse um secretário pessoal. O animal, confuso diante de um palavreado tão rebuscado, inclina a cabeça e balança levemente as orelhas. Por mais que o anel lhe permita comunicar-se com o animal, ele não torna ele mais inteligente do que... um animal.

Ela logo nota que falou demais, e tenta repassar as instruções de um modo mais prático e sucinto. Dessa vez o chacal não demonstra sinais de não ter entendido, mas ele se mantém parado. Suas orelhas endireitam-se verticalmente, em sinal de atenção total. Animais comunicam-se bastante por linguagem corporal, e a linguagem deste chacal diz claramente "Apenas me diga por onde começar".

Quando fala sobre não aparecer na rua, o chacal novamente demonstra confusão. Por mais que seja uma criatura predatória, um animal que ataca suas presas furtivamente, ele não fica invisível. Olhando para a rua e as pessoas passando ocasionalmente, ele matuta por alguns instantes sobre como vai andar por ali sem ser visto, mas é inevitável que não chegue a nenhuma conclusão.

Ao lado de Vittoria, Connor observa a garota conversando com o chacal em [idioma...?]. O animal a ouve atentamente, e ocasionalmente move a cabeça e as orelhas quando ela termina de falar. É como se ela realmente estivesse conseguindo se comunicar com o 'cachorrinho'.

Enquanto isso, na esquina mais próxima daquele beco onde se escondem, Colt folheia jornais enquanto simpatiza com o dono da banca.

- Eu vi! Acabaram de levar o corpo. - O gordo homem com um bigode bem servido responde. - Nenhum lugar é seguro nessa cidade, rapaz. Essa é a verdade.

No jornal, Luke vê a notícia do penúltimo ataque. É um homem, claramente um senhor de meia-idade. Há uma foto em preto-e-branco da pele enrugada e vazia. Ele procura por alguma matéria mais detalhada, e encontra uma lista com os nomes das vítimas. De acordo com a matéria, foram exatamente catorze, sem contar com o de hoje. Destas, ele consegue identificar 8 mulheres. A mais recente foi a décima-segunda vítima, três dias atrás.

[Notas Pessoais]
  • Vittoria
    • -1 Lenda

  • Noah Connor
    • -2 Lenda
    • Marca da Vigília: Mendigo; Luke Colt

  • Henrique Montana
    • Morto
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Mensagem por Luke Colt Qui maio 31, 2012 6:31 pm

- Ah, não é só nessa cidade... Pode ter certeza. - Luke fala, como se estivesse em uma conversa de bar. - Como será que ele consegue tirar a pele, né? Cabuloso isso. - Ele sabia que o homem não tinha a resposta, mas ele tinha simpatizado, de alguma forma com o senhor. Parecia "gente fina". Então o último ataque foi no dia anterior, e não existia padrão de intervalo entre eles. Colt agora não sabia o que fazer. Talvez obtivesse sucesso virando a noite pelas ruas de Vegas, talvez fosse perca de tempo. Ele se perguntava se essa perca de tempo valesse todo esse trabalho. Matar coisas, salvar pessoas... Esse nunca foi o seu foco. Por mais que fosse "o negócio da família". Não, ele não era o Dean. Tava mais pro Sam.

- Pô, cara. Valeu. Vou indo nessa, então. - Luke faz um singelo "joinha" pro dono da banca e vai procurar os outros dois. Mas antes. - Já sabe, hein. Não vai andar sozinho pro aí, haha! Falou! - E então os achou num beco perto dali. Vittoria tava com um cachorro(?) e Noah tava... Por lá. - Nem adianta. O vagabundo não segue um padrão. Ele mata quando dá na telha. Tava vendo no jornal ali... Teve um dia que ele matou três, sem contar os que o jornal não ficou sabendo. Acho que rola de virar a noite na rua hoje. - O garoto insistia no plano. - Me passa o número de vocês. - Ele puxa o celular, um modelo já ultrapassado, talvez uns 2 anos de uso. A bateria já estava acabando, mas ele sabia que duraria ainda mais umas 12 horas, no mínimo.
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Mensagem por Vittoria De'Angelis Sex Jun 01, 2012 12:38 pm

off: Angela é de Veneza, Gam... idioma natal é italiano =3

Suspirou, olhando para o chacal. Tá, não era boa com isso. Nunca teve um animal de estimação e estava tendo dificuldade em encontrar um jeito de dar comandos... Será que precisava de aulas com um treinador canino? Sorriu com o pensamento, mas logo estava focada no que precisava fazer. Ele era um animal e só isso, precisava se lembrar disso. Era um animal incrivel, remoto de mitos antigos... Girou os olhos, irritada com sua própria ignorância em tratar com o chacal. Pelo menos inicialmente, o chacal dava sinais de lhe entender, isso já era algo.

Mas ao dizer para o animal não se deixar ser visto, viu a confusão no modo com o qual lhe olhava. -
Mi dispiace. - e, novamente, o tratava como um humano. - Venire. - falou finalmente, tomando uma postura diferente. Não diria rígido... Mas com mais certeza em suas palavras e modo de se mover eram mais certeiros. Saiu do beco passando ao lado de Connor, com o canino em seu encalço. - O homem foi atacado ali. Procure. - apontou para o animal o ponto da calçada em que a pele havia sido encontrada, continuando com seu idioma natal. Olhava ao redor para ver o movimento da rua como estava, pois uma vez que a pele já havia sido levada, não deveria estar tão movimentado assim. Não deixaria o animal sozinho... Não queria que ele fosse atacado... Ou tivesse que desaparecer do nada e criar mais problemas.

"Comandos simples, é isso o que dizem... Eu posso fazer isso." Mesmo indo contra sua atitude de advogada, que era brincar com as palavras para causar a impressão que desejasse. Animais, no entanto, iam além das palavras. Aguardava sinais do chacal, agora o observando. Esperava que ele tivesse melhor sorte que ela.

E, enquanto olhava o canino tentar encontrar o rastro, o garoto tornava a se aproximar e mais calmo dessa vez. -
Sim, creio que devemos esperar que apareça, embora possa ser uma grande perda de tempo... Mas sozinho não é uma boca coisa, podemos nos dividir em pares. - Retirou dois cartões da bolsa e entregou para os dois. - Me passem o de vocês. Creio que antes, devemos nos encontrar Pietro e ver o que ele descobriu.... É mais seguro e pode ser que tenha coisa melhor que nós. - sua atenção, no entanto, ainda estava nas reações do presente de seu pai... Se o caminho que ele tomasse fosse diferente daquele rastro que ela encontrou, Vittoria o seguiria. Caso contrário, comandaria que ele continuasse procurando por aqueles arredores, inclusive naquele beco mais próximo do crime.

Off: Sorry o post ruim...
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Mensagem por Connor Sex Jun 01, 2012 10:19 pm

"Estranho esse bicho, sem padrão, sem rastros, nenhuma pista. Tem alguma coisa errada ai."

Sem que percebesse Noah já se via "sozinho" no beco Luke voltou e disse alguma coisa que ele (Noah) mal deu atenção já que via a mesma coisa na tela de seu celular, e Vittoria tava ali, toda distraída falando com o dog em ... Putz, sei lá, mas parece italiano isso, Noah só conseguia se lembrar de Don Corleone no "Poderoso Chefão" ... Épico.

E lá vai ela de novo falando com o cachorrinho como se os dois fossem amigos de infância, será que os Scions podiam se comunicar com os animais livremente assim também, ou era algo que só alguns pudessem fazer? Não custa nada tentar né? Falava com o 'cachorro' devagar, como se fosse uma criança que acabou de dizer as primeiras palavras e alto.

-Ei! Você - consegue - me - entender? Fale - comigo - também.

"Pô, aquele mão de vaca podia me dar um bichinho também, talvez fosse útil."

Enfim ... voltemos ao assunto. Depois de ver que seria inútil ele dava uma risada meio sem graça e coçava a nuca. Ele voltava a falar com Vittoria, enquanto passava o numero do celular para Luke, algo meio inútil agora que ele já tinha sido marcado.

-Então, achei a mesma coisa que o Luke na internet. Mas... eu acho que a policia tá escondendo coisa dos jornais, sabe como é né, pra não deixar o povo em pânico. Será que seu "brôw" (Pietro) não pode ajudar com a policia local? Ou até mesmo um de vocês, eu posso ajudar com o dinheiro se for preciso... Esperava que isso começasse um pequeno embate entre eles e depois voltava a falar -Fechou então né? Partiu.
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Mensagem por Vittoria De'Angelis Sáb Jun 02, 2012 12:02 pm

Vittoria observava absorta o chacal farejar o local, os braços cruzados na frente do corpo. Dizem que está é uma posição de defesa, a qual evita que as pessoas se aproximem... E a italiana provavelmente desejava distância daqueles dois, devido aos comportamentos apresentados. Claro, para ela, não havia feito nada demais...

Em meio a seus pensamentos, ouviu então connor tentar se comunicar com o chacal como se ele fosse algum... É, não seria ético colocar aquilo em palavras. Comprimiu os lábios um contra o outro para segurar o riso - sem sucesso - para então tampar os lábios com a boca -
O que pensa que está fazendo? - falava depois de se controlar um pouco, olhando para o Grandão acenando com uma das mãos num sentido de "deixa pra lá"- Desculpe... Foi engraçada a sua tentativa, mas não é assim que funciona. Você precisa se conectar ao animal. - falava descruzando os braços e colocando as mãos nos bolsos - E falar de modo que ele entenda... No caso, ele entende em minha língua natal. - deu uma piscadela e se aproximou um pouco mais do chacal retornando ao seu silêncio.

Ouvia a conversa dos dois, e também acreditava que muita coisa estava sendo oculta -
Sim, creio que eu talvez possa ajudar com algo nesse aspecto. Só preciso entrar em contato com o pessoal de New York para ver se podem me indicar alguém na cidade para conseguir acesso as informações. - suspirou, franzindo o cenho. Deveria estar ali de férias... Pegou o celular no bolso e procurou na agenda o número de seu superior no trabalho.Esperava que ele não tivesse ocupado nem interrompesse nada... - Oi... Bob, é a Vittoria... Então, tá sabendo daqueles casos de morte aqui em Las Vegas? Acabei de presenciar um desses assassinatos... E como estou aqui, sinto vontade de ajudar a familia... O que me leva ao favor que quero lhe pedir. - mordeu o labio inferior, seguindo o chacal com o olhar. Se ele se movimentasse, ela o seguiria, sempre. Sim, estava mentindo para seu chefe... Mas precisava de informações e talvez futuramente pudesse lhe contar a verdade. Não gostava de mentir... - Você possui algum contato aqui em Las Vegas que poderia me dar acesso aos arquivos dos assasinatos...? Me sentiria melhor ajudando o caso a ser solucionado e devido a meu histórico de casos, acredito que você não me negaria isso... - Falava com um sorriso, colocando uma mecha de seu cabelo atrás da orelha. Era uma das melhores promotoras de N.Y. e se alguém pudesse ajudar a resolver o caso, seria ela... Seu chefe deve saber disso. - Pode me ajudar nessa, Bob?
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Mensagem por Luke Colt Sáb Jun 02, 2012 1:45 pm

- Sim, creio que devemos esperar que apareça, embora possa ser uma grande perda de tempo... Mas sozinho não é uma boca coisa, podemos nos dividir em pares.

O que você tem por dentro? - Página 3 Fuuu-1

É, foi assim que eu me senti. Mina burra da porra. - Eu vou tentar esclarecer as coisas pela última vez. - Era bem óbvio que eu tava puto, mas mesmo assim, tava me segurando para não explodir. Definitivamente, paciência é uma virtude que me falta. - Ele só ataca quem tá sozinho. - Pausa. Tem que dar um tempo para a mente limitada trabalhar e assimilar as coisas. Pronto. - Dois juntos não estão sozinhos. - Finalmente tirei o olhar dos olhos da Vittoria e os coloquei em Connor. - Será que eu estou indo rápido demais?

Agora que eu já tinha o número deles em caso de emergências. Não tinha mais nada pra fazer ali. - Sério... Eu vou indo nessa. Se vocês acharem alguma decente, cês me ligam. Se eu achar eu ligo também. Não tá dando certo isso aqui. - Vazei. Fui pro lado contrário ao do bar que entramos assim que chegamos. Fiquei andando sem rumo, por aí, procurando, quem sabe, alguma maneira de fazer dinheiro fácil. Hahahahaha! Sei lá... Eu sei quebrar coisas. Também fiquei esperando alguém me atacar. Tava atento. Dava preferência por ruas em que não tinha muita gente.
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Mensagem por Vittoria De'Angelis Sáb Jun 02, 2012 2:21 pm

Antes da ligação...

Oh. - olhou para o garoto com um sorriso sarcástico e irônico. Se ele se achava tão bom assim que não precisava de ninguém... - Desculpe garoto... Achei que sua mente entenderia o conceito de estratégia... Mas acho que me enganei. - Deu de ombros, as mãos com as palmas viradas para cima e os braços elevados um pouco - Faça como acreditar que terá mais sucesso. Não vim aqui pra ser babá de criança. - Se ele queria ser babaca e ser tratado como um babaca... Daria a ele o que ele desejava.

Deixou então ele falando sozinho o que quer que fosse falar. Tinha que vigiar seu chacal, tinha uma ligação importante a fazer... Tentou ser agradável com o rapaz, mas ele se mostrou um total ass... Não se importava mais com o que quer que ele quisesse fazer. Já não estaria mais em sua mente.

Post continua com ações do post anterior
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Mensagem por Gam Seg Jun 04, 2012 4:25 am



Enquanto a parte principal de Vegas se agita com a chegada da noite, as festas e os dados começam a rolar, aqui nesta rua tudo continua com aquele velho aspecto lúgubre. A rua está mais calma agora. A chuva já parou. Os postes estão acesos e, fora a marcação no chão deixada pela perícia, não há mais sinais da confusão de outrora. As pessoas já dispersaram, voltaram para os bares, voltaram para seus afazeres.

O canino de grandes orelhas fareja a área. Concentrado, ele escaneia a rua de uma calçada à outra, até por fim olhar fixamente em uma direção. Isso acende uma esperança em Vittoria, mas não dura muito. Para seu desapontamento, ela nota que o rastro que ele pegou foi o mesmo que ela. O mendigo. O homem que estava por perto pouco antes do ataque. Ela diz ao cão que o rastro é inútil, e ele então continua a farejar. Parece inútil, para todos os efeitos. Parece que ele não vai encontrar nada. A chuva, em todo caso, pode ter lavado os rastros...

No meio da rua, Connor se inclina e tenta se comunicar com o cachorro também. O animal o encara por um segundo, curioso, mas logo volta com o que estava fazendo. É, parece que não são todos os Scions. Bom, por outro lado nem todos podem voar também.

Quando, tentando outra coisa, Vittoria liga para seu superior, não é muito difícil convencê-lo. Ela de fato tem um histórico, além de saber escolher as palavras. Mas ele lhe dá um aviso:

- Eu vou te passar porque é você, De'Angelis. Mas, por melhor que você seja, você não é uma investigadora. Não se meta se não for chamada, ouviu? Não arranje problemas pra gente.

Em alguns minutos Vittoria tem o número de uma mulher. Linda Blitsey é seu nome, investigadora chefe da Divisão de Homicídios.

O garoto tem uma nova crise de revolta. Seus nervos estão a flor da pele, ele não tem mais paciência para seus companheiros. Virando-se para ir embora, ele quebra o grupo sem qualquer aviso prévio, lançando-se a mercê da sorte.

Colt; Teste da Virtude
Harmonia; 1
5 = Falha

Vittoria; Teste da Virtude
Harmonia; 3
6, 1, 10 = 2 sucessos

Vittoria, observando pelo canto do olho o garoto afastar-se, também reluta em admitir, mas sente sua própria onda de remorso. Não apenas pelo garoto, mas pelo seu comportamento com o grupo todo. Desde que chegou aqui ela já arrumou discussão com os dois. O homem parece saber deixar as coisas pra lá, mas o menino mais novo obviamente acumula tudo lá dentro. Parando pra ver agora, ela discutiu com os dois mas eles não discutiram entre si. Isso não quer dizer que, obviamente, o problema está nela? A ideia de ser o catalisador das desavenças ali a perturba profundamente.


[OFF]
E assim vocês são apresentados a uma inovação do sistema Scion: Virtudes.
Para um Scion agir contra qualquer uma de suas virtudes, ele deve gastar 1 FV. Caso ele não gaste, então a Virtude rola um teste contra ele. Se a Virtude conseguir ao menos 1 sucesso, ele não executa a tal ação que iria contra ela. Se a Virtude conseguir mais sucessos do que o Scion tem de FV temporária no momento, os resultados podem ser desastrosos conforme uma onda de culpa toma conta do seu ser.

Vocês não são só humanos indo contra códigos de conduta. Essas Virtudes estão no seu icor, correndo nas suas veias como parte do legado de seus pais divinos. Elas formam vocês, fazem parte intrínseca do seu ser.

Por outro lado, elas não servem apenas para te limitar. Suas Virtudes também te dão força quando você age ao seu favor. Por um número de vezes igual ao nível da Virtude em questão, um Scion pode gastar 1 FV para ganhar um número de dados extras equivalente ao nível da Virtude em uma ação que esteja relacionada a ela. Por exemplo, um Scion com Ordem 4 pode, 4 vezes por Mito, gastar 1 FV para ganhar 4 dados extras em um teste relacionado a estabelecer ou preservar a Ordem de alguma forma.

Caso queiram ignorar o efeito dos testes que te venceram, gastem FV agora. Caso não gastem, vocês vão imediatamente voltar atrás em suas decisões que causaram essas rolagens.
Mas, a partir das próximas, fiquem de olho nas próprias Virtudes e, sempre que forem agir contra elas, gastem o FV antes da ação caso não queiram se submeter às consequências de um teste falho.

[Notas Pessoais]
  • Vittoria
    • -1 Lenda

  • Noah Connor
    • -2 Lenda
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  • Henrique Montana
    • Morto


Última edição por Gam em Ter Jun 05, 2012 12:54 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por VanOwen Seg Jun 04, 2012 4:26 pm

Já sabia o que estava acontecendo. Aquele bastardo velho não sabia de nada e não chegaria a lugar nenhum. O inferno talvez. Era preciso muito sangue-frio para iludir mulheres a respeito de futuras boas relações com um homem morto. Sabia que era uma mulher ao telefone, ouvira voz semelhante quando praticamente colara sua face incorpórea à mão com telefone do velho. Obtivera algumas constatações:

*Aquele coroa era rico, por que seu celular era muito foda
*Ele realmente estava investigando aquela morte recente
*ele possui alguem que lhe cede contatos
*Ele contatou uma mulher ligada à última vítima
*A mulher não sabia bosta nenhuma

A incopetencia de seus amigos da divisão de homicídios o incomodava, mas não mais que a sua. Como Scion, sabia que aquilo era um caso de sua divisão. Divisão de Assuntos Mitológicos. "Certamente tenho que pensar num nome menos cafona". As peças se ligavam muito lentamente. A noite já caía, junto com a fina chuva e a cidade estava começando a apurrinhar. Resolveu por fim parar de perder tempo. Afastou-se do homem que espionava e atravessou as paredes e balcões até a rua.
Seguiu no sentido do local do crime, apressando-se.

"Como pude ser tão tolo? A essa altura do campeonato...". Fez a nota mental de flagelar-se quando tivesse tempo. Provavelmente com uma garrafa de uísque escocês ao lado. Seguiu para onde o velho havia abandonado o resto de seu grupo. Provavelmente já não estariam mais lá, mas Rick sentiria o cheiro de cada um. Icor não é algo fácil de se esconder. Talvez isso atrapalhasse sua investigação extraplanar. A cena estaria toda contaminada por Scions Rangers, provavelmente um de cada cor. Riu com o pensamento idiota e chegou até o local. Em forma de espírito muita coisa era igual, mas de uma forma diferente. Era um outro ponto de vista, e isto era tudo que a polícia, os semideuses investigadores, e Rick inclusive precisava.

Buscaria qualquer rasto da criatura, seus traços de saliva, seu cheiro, sua aura, sua marca. Toda morte é uma ruptura no mundo dos vivos, cada alma que é desligada deveria deixar algum rastro. Teria seu pai recebido a alma do indigente? Estaria ele agora discutindo com Hades ou qualquer deus de submundo quem levaria tal alma? Ou estaria ela ainda aprisionada no estômago de alguma criatura? Precisava encontrar algo. Um espírito seria fantástico, mas o rastro da criatura seria uma trilha de tijolos amarelos.

Estava decidido. Olharia o local da morte com os olhos corretos, regressaria ao seu corpo, porque por mais que a locadora fosse 24h e o banheiro imenso alguem poderia fuçar o box, e após isso regressaria à sua sala na delegacia. Passaria na divisão de homicídios, anotaria o nome das vítimas e iria para casa googlear todos eles. E quem sabe comeria uma esfirra. De carne. Afinal as pessoas andavam perdendo muita carne por aí. Riu consigo mesmo da estúpida e idiota piada de humor negro e seguiu para a primeira tarefa listada.
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Mensagem por Pietro De'Angelis Seg Jun 04, 2012 8:50 pm

Pietro lançava um leve sorriso ao ar. Não sabia se era exatamente um sorriso por ter conseguindo enganar uma pessoa mais uma vez - mesmo que ela venha receber uma má notícia posteriormente - ou se era porque, de alguma forma, talvez as coisas começassem a se encaixar. Infelizmente, o Scion não tinha o poder de prever o futuro, não ainda.

- Muitíssimo obrigado por sua colaboração, senhora Esperanza. Tenha uma boa noite.

Pietro desligava o telefone e já olhava para o homem que se aproximava. Desviando o olhar do lado de fora, ele encarou o atendente simpático e resolvia seguir com a mesma história... Dizem que uma história contada mil vezes vira uma verdade... Será mesmo?

- Estou esperando um cliente. Ele disse que eu poderia encontrá-lo aqui, quer dizer, ele tinha citado duas locadoras mas tenho quase certeza que era essa.

O Scion olhava o atendente e observava suas reações. Pouco a pouco, ele desenvolvia um pouco mais sua fala. A história já havia sido montada em sua cabeça antes mesmo da situação. Essa era Pietro, malandro e, porque não um gênio?

- Talvez o senhor o conheça. Senhor Prinkelton, Johnnatas Prinkelton.

Pietro esboçava um sorriso humilde e um ar tranquilo, tentando tranquilizar a situação. Enquanto aguardava a resposta, ele digitava em seu celular o número de telefone que a mulher havia passado e começava uma mensagem para sua irmã.

E aí mana. Como estão as coisas? Sucesso em alguma coisa? Estou numa locadora, quer que pegue algum filme para você? rs
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Mensagem por Connor Seg Jun 04, 2012 9:05 pm

Tá, com certeza tinha alguma coisa errada por ali, só de ver pela cara dos dois, além do clima estranho que tinha brotado no ar ... Mas que diabos era? Vittoria ainda tava no celular enquanto eu ficava todo entretido no 'cachorrinho' dela, Luke começava a andar pra longe como se nós dois fossemos aqueles zumbis comedores de carne do Resident Evil, pô, me amarro nesse filme, bem que esse "chupa-cabra" podia ser um tipo de zumbi pra ter um pouco mais de diversão... Enfim, agora Vit desligava o celular e eu levantava e já olhava pra ela -E ai? Colou?

Dava uma risada meio "muda", quase sem som algum, na esperança de ter dado tudo certo, mas julgando pela cara dela tinha algo a incomodando... Mulheres ... Bem, que seja, hora de bancar o famoso "Mi paño de lágrimas" -Que foi Vit? Só um telefonema pra esse cara já te deixa preocupada é?


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Mensagem por Luke Colt Ter Jun 05, 2012 7:08 pm

- Desculpe garoto... Achei que sua mente entenderia o conceito de estratégia... Mas acho que me enganei.

Tão burrinha... Mas se acha inteligente. Ogum, o que eu faço com uma pessoa dessas? Será que eu estou falando em alguma língua morta e não tô sabendo? De duas, uma. Ou ela é burra pra caralho mesmo, ou tá com tanto medinho desse cara, que ficou cega. Eu sou um homem, eu posso morrer. Ele é um homem, ele pode morrer. O que torna minha ideia tão bárbara? Nem me dei ao trabalho de responder a provocação dela. Perder tempo não é comigo. Quanto mais eu ficasse ali, rebatendo provocação após provocação, mais tempo eu ia demorar pra achar esse cara.

- Faça como acreditar que terá mais sucesso. Não vim aqui pra ser babá de criança.

- Será que eu sou a criança aqui? - Tá, tá... Eu sei que eu falei que não ia responder, mas eu não aguentei. Saí rindo dela. Não tinha sarcasmo, só pena. Como uma pessoa tão lerda, pode se achar tanto, meus deuses? Haha! Tadinha... Agora eu não sei de quem eu tinha mais pena. Do Noah, por ter que aturar ela. Ou dela, por ter que ser ela. - Falou brother, boa sorte aí. Hahaha!

Se o grandão ficasse com ela, nenhum dos dois iriam se ferrar. Primeiro porque são dois, e segundo porque são dois. Mesmo que o assassino ataque - e ele não vai, porque são dois - eles tem maioria numérica, e esse cara tem cara de ser bom de briga. Pelo menos amassou a lata de lixo. Afinal, de que são feitas essas paradas? Devem ser de aço. Ou ferro, quem sabe. Falando nisso, será que o machado consegue cortar metal? Depende do metal. Mas sei lá, ferro? Acho que dependendo da largura do ferro, corta sim... ... ...
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Mensagem por Vittoria De'Angelis Qua Jun 06, 2012 9:46 am

O garoto ia embora sem olhar para trás, enquanto Vittoria ao celular o observava afastar-se com os cantos dos olhos. Era um garoto e estaria sozinho... - Obrigada Bob, irei tomar cuidado. - respondia ao alerta do chefe, o olhar voltado para o chão. O chacal não encontrava nada, nem mesmo um rastro diferente. Havia demorado para chamar o chacal, talvez se o tivesse feito antes, os sinais ainda estariam frescos e a chuva não teria lavado a maioria das coisas. Passou as costas das mãos nas costas, acenando para o animal vir para perto em um momento em que ele lhe olhasse - Tenho pessoas que tem mais experiência do que eu em investigação para ajudar. Obrigada novamente. - O numero havia sido anotado no próprio celular enquanto falava com o homem, salvo no sob o nome de Linda Blitsey.

Tudo parecia estar dando errado e sentia que era por sua culpa. Era lenta em reconhecer rastros, lenta em conseguí-los... Parecia que sua capaciade de manter o equilíbrio estava falhando ao máximo naquele dia, mas era tão difícil quando as pessoas não cooperavam...! Repentinamente sentia-se cansada de tudo aquilo, quando seu esforçor havia sido em vão. Sim, ela havia discutido com eles... Mas não se via culpada no caso do Connor, não o conhecia... Havia sido rude sim, porém ele ainda estava ali. Mas o garoto... Well, ele nã havia sido a mais agradável das pessoas também. Desligou o celular depois de se despedir de Bob mais uma vez, o olhar voltado para baixo... Não arranje problemas. Ela não queria problemas e não teve escolha entre ser uma Scion ou não... Havia sido chamada ali e não tinha como evitar. -
Sim, ele me passou o nome de alguém na Homicídios. - a italiana o respondeu, abaixando-se ao lado do chacal para acariciar-se a cabeça - Hai provato, grazie. - agradecia a ajuda dele em seu italiano, analisando as reações do animal ao seu carinho. Será que ele gostava disso? Será que deveria ter dado mais atenção ao garoto...? A criatura ou seja lá o que fosse poderia realmente pegá-lo e não teria tempo de chegar até onde ele estava para socorrê-lo. Noah parecia notar que algo lhe perturbava e a mulher suspirou - Está tão claro assim? Preciso melhorar minha Poker face... - sorriu de canto, levantando-se.

O garoto Luke me preocupa, ele está sozinho... E por miha culpa, provavelmente. Não tenho sido a melhor das parceiras pra vocês. Peço desculpas por meu comportamento. - Não queria ser a culpada por causar mais desavenças no grupo, mas estava acostumada a trabalhar sozinha em seus casos... - Acho melhor irmos atrás dele, mesmo que ele não nos perceba. - O celular emitia o som de mensagem e o semblante de Vittoria parecia ficar um pouco mais aliviado... Seu irmão estava bem, a demora dele em responder havia sido apenas por qualquer outra coisa. - Só um minuto, Pietro respondeu. - avisava-o já começando a digitar uma mensagem de volta

Tava paquerando aí, confessa. Smile Não consegui nada, Luke debandou por minha culpa. Venha para o bar, tenho o telefone de alguém da homicídios. Preciso recuperar o garoto.

Apertou "send" e tornou a olhar para Connor -
Ele está em alguma locadora, pedi para voltar aqui. Não sei se eu ir atrás de Luke ajuda em algo... Ele não foi a minha cara... - Mordeu o lábio inferior, voltando o olhar na direção que ele havia tomado - Lo seguono a distanza.* - deu a ordem para o seu animal protetor, numa nova ideia que lhe acometia. - Proteggerlo! - Tocou a cabeça do animal uma última vez antes que ele partisse, marcando-o com sua proteção. Saberia então qualquer coisa que acontecesse...
______________



*O siga há distância.
Marca do guardião no chacal.
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Mensagem por Connor Qua Jun 06, 2012 4:07 pm

Tanta coisa acontecendo em tão pouco tempo, ao mesmo tempo que Vittoria desligava o celular Luke começava a se separar de nós dois, mas WTH, o cara ta indo sozinho, servir de isca, e me deseja sorte? Ta doidão, só pode.

- Se cuida por ai também cara. Qualquer coisa só dar aquele toque maroto no celular. "Como se fosse preciso."

Foi, agora eram só eu e Vit.

Vittoria escreveu:Está tão claro assim? Preciso melhorar minha Poker face... - sorriu de canto, levantando-se.

VISH! Duas risadas saindo desse bloco de gelo. Sou muito foda mesmo, ta doido!

- Foi mais um palpite do que uma certeza, mas pelo visto acertei. BINGO! fazendo um jóia com a mão direita tentando animar ela.

Vittoria escreveu:O garoto Luke me preocupa, ele está sozinho... E por miha culpa, provavelmente. Não tenho sido a melhor das parceiras pra vocês. Peço desculpas por meu comportamento. - Não queria ser a culpada por causar mais desavenças no grupo, mas estava acostumada a trabalhar sozinha em seus casos... - Acho melhor irmos atrás dele, mesmo que ele não nos perceba.

- Hahahaha, relaxa. Eu já to acostumado com muita gente me xingando, e minha mãe também, as duas inclusive, não é por uma discussãozinha aqui e outra ali que vou deixar de ficar com quem talvez precise de mim. Referencia clara a ela mesma, ou talvez a Pietro, ou o mendigo jogado no beco todo apavorado, ou as futuras vitimas dessa tal criatura, claramente eu tenho a mesma preocupação de meu pai com o resto da terra e quem não pode se defender contra os Gigantes. "Falando nisso, eu ainda tenho que marcar o Engomadinho."

- Maluquice dele querer se separar assim, mas precisa ficar preocupada não. Ele já ta marcado, se alguma coisa acontecer eu vou saber. Pisquei mais uma vez o olho, dessa vez não dando uma cantada nela, sim pra mostrar que eu não era esse tipo de gente egoista que só pensa em si mesmo. - E posso chegar nele bem rápido também se for preciso. Vamo' até seu irmão ver se ele conseguiu alguma coisa e falar sobre nosso plano, talvez ele possa ajudar também.
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Mensagem por Gam Ter Jun 12, 2012 12:42 pm



O que você tem por dentro? - Página 3 Mantras%2Bpara%2B2011%252C%2Bmantras%2B2011

No mundo astral, impressões e ideias abstratas misturam-se ao físico. Um show de cores e sensações confundem-se constantemente em um amalgamado que Montana até hoje ainda não entendeu perfeitamente. Provavelmente vai levar muito, muito tempo para entender, se é que vai um dia. As vezes ele vê auras que não sabe o que querem dizer. As vezes ele vê coisas que não estão ali, tem impressões que não sabe dizer o que significam e enxerga vultos que ele não entende ao certo, e prefere acreditar que eles não o enxergam de volta.

Ele agora está no local do crime, onde tudo começou. O céu não possui nuvens, apenas um ser imenso que ele não consegue enxergar a amplitude inteira nem identificar o que é, mas ele sempre esteve ali. Ele vê auras nervosas nas pessoas que passam. Nos bares aberto, vê as impressões astrais de certos objetos que agora possuem tanta história que tem sua vida manufaturada. Uma torneira de chopp que já presenciou mais do que deveria, uma soleira de madeira nobre que armazena em si sabedoria de séculos. Um sino. Um copo. No ar, um cheiro amargo de morte. Sons de mar manso ocupam seus ouvidos, mas Montana sabe que o oceano está muito longe daqui. Esse mar é outro. Ele sabe que ele fica agitado quando as coisas no mundo físico ficam agitadas. Sentimentos fortes, previsões intensas, alterações no Destino. Tudo isso as vezes o deixa tão barulhento que Montana fica com um forte receio de estar ali. Mas agora, não. Agora está quieto.

Daqui, ele identifica Scions. O icor é forte, marca o plano astral como nenhuma outra coisa. Ele sabe que aquele homem na locadora é um descendente dos deuses. Agora ele vê os outros três, e sabe que eles também são. Eles estão se separando, uma aura de preocupação toma a mulher conforme o garoto força sua liberdade. Mas Henrique está focado em outra coisa. Ele veio examinar os rastros deixados aqui, e uma coisa em especial o deixa perplexo. Ele pode não saber muito sobre o que vê no mundo astral, mas dessa vez é algo que ele sabe que deve ficar preocupado: Absolutamente nada.

Ele não vê nada. Não há impressões sobre a vítima, o assassino, nada. Não há espírito, não há memórias. Os vestígios das impressões estão nas pessoas ao redor que presenciaram o corpo, mas só. Pela primeira vez, Montana encontrou algo que não deixa rastros no mundo astral. Isso não deveria acontecer, ele sabe disso.



- Perdão, eu não conheço. - O atendente responde a Pietro.

Se o Prinkelton frequentava esse lugar, ele com certeza não chamava muita atenção. Bom, é assim com a maioria das pessoas. Afinal, é só uma locadora.

Pietro sabe que seus pássaros não possuem um localizador. Eles não sabem instintivamente aonde ele foi e, por mais que procurem, Las Vegas é uma cidade bem grande e dentro de um estabelecimento ele não ajuda a ser encontrado. Talvez seja melhor voltar ao ponto onde os liberou, pois já devem ter retornado há tempo.



Uma pequena marca surge no topo da cabeça do chacal. Não passa de um centímetro e é simplória, feita por poucos traços. Porém é única, e deixa estabelecida a responsabilidade da Scion que o marcou sobre ele. (você decide como é sua marca)

Os dois Scions estão sozinhos agora. Eles caminham sem pressa até o bar inicial, onde Vittoria marcou de se encontrar com Pietro. A investigação está complicada. É um alvo sem rastros, sem pistas. A única pista que tiveram até então foram as palavras tortas de um velho perturbado.



Luke Colt, agora sozinho, caminha pelas ruas de Las Vegas. A gritaria e as luzes são intensas, essa cidade é um caos e o centro bomba conforme aquele clima de chuva passado é esquecido.

É... - É um "é" prolongado, arrastado. - Minhorixá Yewá me falou docê, minino. É bobo quinem o pai. É ruim e teimoso. É minino livre. Ela me falou, e é verdade.

Ele só percebe depois que ela terminou de falar, mas a cidade parou. O tempo congelou. As pessoas ao redor e até a luz em si ficou estática no ar, como feixes palpáveis. Por entre a bagunça de luzes 'sólidas', ele vira a cabeça e enxerga uma pequena garota. Ela está ali entre uma aglomeração de pessoas, congeladas em seu caminhar apressado. Seus olhos são de uma curiosidade meio perturbadora. É como se ele não pudesse fazer nada para impedir que ela visse sua alma.

O que você tem por dentro? - Página 3 AMANH%C3%83%2080

O tempo volta ao normal. As pessoas continuam a caminhar e tampam a visão que Luke tinha da menina. Mas ela ainda está ali. Está, não?


[Notas Pessoais]
  • Vittoria
    • -2 Lenda
    • Marca da Vigília: Chacal

  • Noah Connor
    • -2 Lenda
    • Marca da Vigília: Mendigo; Luke Colt


[OFF]
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Mensagem por Luke Colt Ter Jun 12, 2012 4:44 pm

Procurar o assassino, e uma maneira de ganhar dinheiro. Até parece. Colt andava pelas ruas de Vegas e a última coisa que pensou foi nessas duas coisas. Todo tipo de coisa passava pela cabeça do jovem inglês, desde lembranças da infância até fantasias para o futuro. Estava tão distraído que acabou entrando no lugar que mais tentava evitar. O centro da cidade. Quando percebeu já estava envolto à multidão. A cacofonia da cidade era algo com que o garoto já estava acostumado, apesar de preferir a tranquilidade, mas todas aquelas luzes era novidade. Voltar? Não. Se não foi atacado até agora, não seria atacado na volta. Era melhor caminhar até o outro lado.

Então o barulho vira silêncio. As pessoas congelam. Os punhos de Luke se cerram no momento em que ouve uma voz atrás dele. Ao se virar nota uma garota, 12 anos, no máximo.


É... - É um "é" prolongado, arrastado. - Minhorixá Yewá me falou docê, minino. É bobo quinem o pai. É ruim e teimoso. É minino livre. Ela me falou, e é verdade.

Colt ergueu as sobrancelhas. Como assim? Quem era aquela menina que ele nunca tinha visto na vida? Pelo visto uma Scion. Mas não era o que o garoto procurava. Yewa? Antes que ele pudesse fazer qualquer pergunta, o som da cidade volta, assim como a consciência da multidão. O garoto vai até o lugar onde a garota se encontra, numa vã tentativa de encontrá-la. Nada. O quer foi isso? Será que ele havia enlouquecido com essa história de chupa-cabra? Era melhor esquecer que viu isso. Continuou a andar pra onde deveria ir.

- Agora eu sei por causa de quê eu vim aqui. Você é bobo, minino. É por causa disso que eles vão te pega.

Mais uma vez o tempo parou. Dessa vez ela estava mais distante. Mas ainda foi rápida o bastante para sumir antes de Colt ter a oportunidade de fazer qualquer pergunta. Agora ele estava preparado, sabia que ela apareceria mais uma vez, e só estava esperando.

- Vem cá, minino

- QUEM É VOCÊ? - Gritou Luke, com esperanças de que ela não sumisse. Não adiantou. Percebeu que ela havia sumido na frente de uma casinha entre dois grandes edifícios. "Leio mãos, vejo futuro, trago amado em 3 dias, resolvo problemas" Sabia que isso tinha a ver com os seguidores de seu pai e tios. Entrou. Procurou primeiro pela menina, se não a encontrasse falaria com qualquer pessoa que aparentasse ser a responsável. - Eu sou filho de Ogum.
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Mensagem por VanOwen Ter Jun 12, 2012 5:21 pm

Com a cena na sua mente, caminhava de volta para sua casa. Mantinha as mãos no interior do sobretudo para afastar o frio. Caminhava com os olhos fixos em algum ponto a sua frente e a mente em algum ponto fixo lá atrás. De certa forta, amaciou seu ego por não ter cometidos falhas. Nada havia para cometer. Seguiu seu caminho sendo esbarrado por bêbados e brutamontes, ignorando o fato de que doía. Parou em um mercado próximo ao seu apartamento e comprou um pack de cervejas, cenouras em conserva e caqui. Adorava caqui. Subiu pesarosamente os oito andares do velho prédio de subúrbio em que morava, a fim de ter mais tempo para pensar, mas nada lhe vinha à cabeça. Abriu as 5 trancas de seu apê no último andar, arrumou as compras e se serviu de uma dose dupla de uisque. Pegou o pote de cenouras e subiu um ultimo lance de escadas que possuía próximo à sua porta de entrada, levando a um terraço velho. Tudo isso com seu cachorro fazendo festa ao seu redor. O terraço assemelhava-se ao teto de um velho teatro, possuia uma cúpula que servia de estufa, mas as plantas ali estavam todas mortas por não serem regadas a uns 40 anos. A outra parte não era coberta, mas nunca alagava. Havia ali uma pequena mesa redonda de ferro, com um gurada-Sol em formato de chapéu chinês preso ao centro, também de metal. Haviam três cadeiras do mesmo material, todos pintados de branco e ornamentado com arabescos franceses numa barata imitação de belle époque. Provavelmente aquele era um dos prédios mais antigos de Vegas, e por isso o aluguel estava ficando cada dia mais caro. Estava? Pelo menos deveria. O velho dono do prédio insistia em não vendê-lo para nenhum dono dos prédios vizinhos que o rodeavam. Cada um deveria possuir uns 40 andares, fazendo da velha edificação um contraste vivo. E fora por isso que Rick quis morar ali. Gostava daquilo que resistia ao tempo, por mais que definhasse. No fim, tudo haveria de morrer, e saberia que o prédio poderia desabar um dia com ele e Grim dormindo em seu interior.

Abriu o pote de cenouras, mordeu uma e entregou a outra metade ao seu fiel cão, que estava parado ao seu lado como uma estátua. Os olhos do cão fixavam-se na mesma direção que o dono olhava. Rick levantou-se, jogou num vaso de plantas o líquido com conservantes do pote de cenouras e em um velho prato de porcelana que ali estava serviu as outras. Grim por fim parecia ter retornado à vida, deliciando-se do seu prato favorito. Mentira, o danado era um carnívoro nato, até por isso Rick lhe servia uma dieta vegetariana. Era incrivel como nunca vira um rato naquele prédio velho. Fora que cenoura cortava o péssimo hálito de podridão que saia da boca do cachorro. Imundo safado. É isso que você é. Mas me serve bem. Coma devagar.

Bebericou seu uísque e caminhou até a estufa. Ali encontrava-se qualquer monte de tralhas, menos plantas. Ligou um velho gramofone elétrico na tomada e se assustou com as faíscas que sairam. Mas funcionou. O vinil que ali estava empoeirado tocava Ray Charles. Henrique não era do tipo que se negava às musicas modernas, mas era incrivel o efeito que aquele chiado do vinil lhe causava. O equipamento era de madeira e cobre, e produzia um volume bom o bastante para abafar as buzinas sobre um prédio de esquina.

"Well, I got a woman, way over town
That's good to me, oh, yeah..."


Pegou-se dançando no telhado enquanto via em uma telinha de 12" vídeos do quarterback scion no ultimo campeonato. O netbook encontrava-se por sobre as pastas com cópias de clippings e outras manchetes de jornal. No meio dos papéis, todos os dados de vida dos Prinkelton, desde a vida de solteiro. Havia também informações das outras vítimas, de casos semelhantes. Em outra aba de seu pc, encomendava um anel de brilhante e mandara entregar na casa da viúva. Não se sentia orgulhoso nem incomodado com o fato. Certamente cobraria do Scion mais tarde. Quem ele achava que era para brincar assim com "seus" humanos? Babaca.

"She saves her loving, early in the morning
Just for me, oh, yeah..."


Riu quando se lembrou que não limpara seu sangue escorrido no banheiro da locadora. Gostava de fazer aquilo. Beber depois de se matar. Além de dançar na cara desses emozinhos de merda da sociedade que não podiam fazer o mesmo, ficava bêbado bem mais rápido.

-Aí eu te pergunto, Grim, pra quê fígado? Se fosse bom, o coroa não andava com ele para fora, não é mesmo? Hahahahaha
- Serviu-se de mais uisque. - Se ele aparecer aqui eu te autorizo a provar um pedaço de seu fígado. Mas só depois do maluco me contar que bosta é essa que seus amigos andam fazendo com minha cidade.

"I got a woman, way over town
She's good to me, oh, yeah

Well, don't you know she's all right
Well, don't you know she's all right
She's all right
She's all right..."


Em meio à sua limpeza mental particular (banhada em bom uisque) permanecia a imagem do local do crime. Não da primeira vez que o viu com os olhos mortais, mas depois, quando o viu com os olhos da alma. Não houve morte ali? A criatura leva a pessoa viva, somente sem a pele, e é tão rápida que a pessoa não tem tempo nem de sentir pânico?... Ou será que o responsável... não tinha alma. É uma probabilidade. Algo sem sentimentos não deixa rastro nenhum. Algo sem vida. Pode ter um instinto de sobrevivência, mas não há medo. Só há fome.

Deitou-se, olhando para o céu, procurando qualquer rastro das tão amadas estrelas que apreciava quando criança. Maldita cidade de luzes.
Grim deitou-se ao lado do dono e também pos as patas para o alto. Curiosamente Rick imaginou se o cão estaria pensando o mesmo que ele. Novamente riu com um de seus pensamentos idiotas e o lavou com uma dose de uisque direto da garrafa.
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Mensagem por Gam Qua Jun 13, 2012 9:52 am





O que você tem por dentro? - Página 3 Velha

- Entendo... - Com um tom cético, a velha cigana mal dá bola para o garoto que chegou apresentando-se como o filho de um Orixá. Ela está sentada no chão atrás de uma mesa baixa, cartas tarot viradas sobre a superfície da mesa tomam sua atenção, e ela nem se virou para olhá-lo. Beirando seus noventa anos, ela definitivamente não é a garotinha lá de fora. Ou é?

Luke e a velha estão em uma salinha apertada, atrás de uma cortina de penduricalhos. Aqui também é escuro, iluminado pela luz roxa de uma vela. sobre uma prateleira. Artefatos estranhos e medalhões que ele nunca viu estão por todas as paredes. Em algum outro cômodo da pequena casinha, um velho homem parece cantar pra ninguém. Os antigos têm velhos hábitos estranhos.

O que você tem por dentro? - Página 3 200px-Jean_Dodal_Tarot_trump_13

A Morte.

O que você tem por dentro? - Página 3 200px-Jean_Dodal_Tarot_trump_12

O Enforcado.

O que você tem por dentro? - Página 3 TAROT-15-O+DIABO

O Diabo.

Após virar as três cartas, a velha levanta o olhar para o jovem Luke Colt. Há julgamento em seus olhos velhos. Ela o analisa com a serenidade de um sábio ancião. Sobre o significado das cartas, ela não diz muito. Não precisa.

- A carta A Morte é chamada por muitos como O Arcano sem Nome, sabia? - Ela fala devagar. O mundo lá fora é só um sonho agora. A pressa de Vegas não entra nessa casinha. - Eles tem medo de pronunciar o nome. Tolice.
A Morte não representa necessariamente algo ruim. Ela prediz uma mudança abrupta. Um corte em seus planos.

Ela olha de novo para as cartas, como se ouvisse o que elas têm a dizer. Lá atrás, o velho termina a canção e logo volta a cantá-la do começo. Há quanto tempo será que ele está fazendo isso?

- Seu futuro é duro. Lhe foi dado um fardo pesado no início da vida. Você vai aprender do jeito mais doloroso. - Ela fala, sem olhar para Colt. - Mas você sabe que o seu Destino não é imutável, não é? Você sabe mais do que ninguém. Filho de Ogum... - E abre um sorriso silencioso, revelando a falta de um dente da frente.



No terraço de Henrique Montana, o cão não pensa nas estrelas. Deitado no chão, roendo a própria unha, ele pensa em carne. Um pensamento natural que sempre o remete quando é alimentado com cenouras. Falta algo. Carne. Mas Montana nunca vai saber disso.

Há só uma estrela no céu. Uma única insistente que vence as luzes de Vegas e brilha fracamente na vista do Scion. Talvez seja a Polar. É, provavelmente é ela.

Prinkelton é só um cidadão comum, de acordo com seus arquivos. Nunca fez nada de mais. Casou com uma descendente latina, imigrante legal. Tinha um trabalho chato, seguia o fluxo da vida sem exigir demais nem de menos. Todas as outras vítimas também aparentavam ser completamente aleatórias. Algumas tinham ficha criminal, mas nada que chamasse atenção. Uma drag queen, um senhor, uma mãe solteira, um adolescente... Nenhuma ligação. Nada. O local dos homicídios(?) também é completamente aleatório, podendo ocorrer em qualquer ponto da cidade e imediações, a qualquer horário do dia, em qualquer dia.

O whiskey turva sua visão. A Estrela Polar se mexe delicadamente, brincando com as verdades de Henrique. E agora? Por onde começar?

O que você tem por dentro? - Página 3 Lua+e+estrela2

[Notas Pessoais]
  • Vittoria
    • -2 Lenda
    • Marca da Vigília: Chacal

  • Noah Connor
    • -2 Lenda
    • Marca da Vigília: Mendigo; Luke Colt


[Stunt Conquistado]
VanOwen conquistou o bônus de xp no fim do Mito. É a recompensa máxima por um post épico, e só pode ser dada uma vez por jogo pra cada jogador. Continue assim! E me cobre se eu esquecer do bônus na hora que estiver distribuindo a xp.

Afinal de contas, é com H ou sem H? Sua ficha tem H, mas seu avatar não.
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O que você tem por dentro? - Página 3 Empty Re: O que você tem por dentro?

Mensagem por Pietro De'Angelis Qua Jun 13, 2012 10:09 am

Pietro soltou um leve suspiro de decepção. O homem da locadora não conhecia o homem. Olhando para o tempo la fora ele buscava compreender como continuaria seguindo sua pista. Seria ele apenas um homem realmente comum?

- Ah, ok. Muito obrigado então. Disse cordialmente Pietro ao homem antes de sair da loja.

Caminhando por entre as ruas, o ladrão segurava o celular pensando em seus próximos passos. Ele relia a mensagem de sua irmã.

"Paquerando... Como se eu tivesse tempo para isso ultimamente. Esses demoniozinhos estão me deixando irritados..."

Refletindo sobre a mensagem, seus passos seguiam naturalmente para o último local que deixara seus pássaros. Ele, assim que os encontrasse, mudaria a ordem dada. Ele não mais queria que eles voltassem a forma de pingente. Não, agora eles ganhariam um bônus de ficar livre mais tempo.

===caso encontre os corvos===

- Bom amigos, podem continuar livres. Continuem vasculhando a cidade. Caso encontrem qualquer coisa fora do comum, um monstro ou qualquer coisa que considerem anormal, me avisem. Estou indo para o bar onde o corpo foi encontrado, lembram?

Após dar as ordens, o Scion iria para onde sua irmã havia marcado. Sua expressão enquanto andava era, de certa forma, decepcionada por ainda não ter conseguido nada. Não, na verdade não era isso. Era mais devido a sua irmã talvez ter conseguido algo. Querendo ou não a jovem D'Angelis sempre conseguiu fazer as coisas de uma maneira certa e rápida.

- Pshii.... Irritante... Resmungou em voz baixa, segundos antes de entrar no bar.

Assim que entrasse no bar, ele procuraria sua irmã. Caso ela ainda não estivesse lá, ele pediria um bom Black Label para acompanhar a espera dela. Com o celular em mãos e sua bebida ao lado, ele ligava para o antigo emprego da pele humana. Aquela era sua última tentativa de seguir algum rastro daquele homem.

===Caso a empresa atenda===

- Desculpe, de onde está falando mesmo? É que estou procurando um homem, senhor Prinkelton, se não me engano ele trabalha aí. Sabe me dizer se ele ainda se encontra ou se já saiu?

Ouvindo as respostas, ele logo complementaria.

- A certo. Tem ideia de qual o horário que ele saiu mais ou menos? Preciso muito falar com ele, é relacionado a sua esposa.

Disse por último, bebendo um pequeno gole de sua bebida quente.
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O que você tem por dentro? - Página 3 Empty Re: O que você tem por dentro?

Mensagem por Vittoria De'Angelis Qua Jun 13, 2012 10:28 am

O sorriso suave continuava em seus lábios enquanto Connor se congratulava sobre a certeza de seu "chute" a respeito de suas emoções. Um sorriso genuíno, muitos diriam. Poucos porém, notariam que o sorriso não alcançava seu olhar e duvidava que a empatia do jogador lhe permitisse isso. Tá, era um cara legal... Mas não o tipo de pessoa que costumava se relacionar. E ele queria bancar o protetor... Suspirou, não querendo ir contra ele. De agora em diante, mediria seu comportamento enquanto precisava manter o grupo balanceado. O grupo que agora era uma dupla. - Hm, marcado, huh? - observava na fronte do chacal seu símbolo brilhar por apenas um momento, protegendo-o. Era díficil não se lembrar de vários rituais de proteção que já haviam no dia-a-dia. Um padre marca uma criança... Uma mãe beija a fronte, um marido beija a fronte de sua esposa. Vittoria porém deixava nele o símbolo de sua proteção, pela primeira visto por ela, também.

O que você tem por dentro? - Página 3 ZA

E a primeira criatura viva que ela marcava era seu próprio animal guardião... Preocupava-se mais com ele do que qualquer outra pessoa, era isso? O pensamento a fez sorrir para si mesma - O que quer dizer com ele está marcado?

Sua expressão tinha um leve toque de confusão, imaginando se o rapaz teria a mesma capacidade que ela. - Eu pedi que Pietro viesse até nós, para então tomarmos um novo rumo. Então sugiro que apenas esperemos o maninho voltar. - As palavras de Connor pareciam tê-la deixado mais tranquila quanto a proteção do rapaz...Ou realmente confiava em seu animal para o serviço. - Quer beber algo enquanto isso? Adoraria esperar em um lugar quente, a chuva que pegamos me gelou até os ossos. - resmugou, adentrando no bar enquanto simulava um calafrio.

Ia diretamente ao balcão, sentando-se em um daqueles bancos altos e cruzava as pernas -
Juro que não entendo a chuva que teve agora pouco.- comentava com o barman, apoiando um dos cotovelos no balcão e sentando-se de lado - Chuvas assim são normais? - Sim, estranhava isso... Afinal, Vegas ficava no deserto! -Ah, por favor, um Vodka Martini para mim... e você? - olhou para Connor, mordiscando o lábio inferior de modo distraído.

Deixou que o grandão fizesse seu pedido e mais uma vez tinha o celular nas mãos -
Irei ligar para ela. Não quero perder mais tempo do que já perdemos. - falava em voz alta, talvez mais para ela do que para Noah. Procurou o número na agenda onde o tinha anotado e então apertou "ligar". Esperava que a moça estivesse desocupada e aberta para mais ajuda...

Hello... - era sua primeira palavra após Linda atender e esperaria que ela atendesse, ligando novamente se a primeira ou segunda tentativas não dessem certo. - Desculpe incomodá-la Miss Blitsey, mas gostaria de ajudá-la a resolver os casos de homicidios aqui em Vegas. - não daria tempo para ela retrucar, começando a jogar suas palavras uma após a outra - Bob Huntington, Juiz em N.Y. me deu seu número após eu dizer a ele que posso ajudar e que tenho uma equipe para auxiliar na invesigação. Sou Victtoria De'Angelis, tenho alguma experiência com casos assim, bem como a equipe... Não queremos aparecer para o público, apenas presenciamos o último ataque e não encontramos nenhum rastro e devido as últimas informações que temos, sei que deve estar sendo bem difícil encontrar alguma coisa... - inclinou os lábios para o canto direito, agora começando a brincar com a raspa de limão, enquanto seu pé balançava no ar no ritmo da música que tocava. Pelo menos até que via Pietro entrar no bar, aparentemente também ocupado no telefone.Levantou a mão e acenou, para que ele pudesse lhe ver, balançando o pulso de modo frenetico até que ele finalmente começasse a vir em sua direção. - Gostaríamos de ajudar, será que você poderia nos dar uma chance de encontrá-la? Seria bom para vocês e para nós também...Afinal, o que você tem a perder? - Só então ficava em silêncio, deixando que a mulher falasse do outro lado da linha. Poderia parecer absurdo, mas pela indicação de Bob, citar seu nome deveria ter algum peso. E de fato, o que aquela mulher tinha a perder? Estavam entre trabalhadores da justiça!

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O que você tem por dentro? - Página 3 Empty Re: O que você tem por dentro?

Mensagem por Luke Colt Qua Jun 13, 2012 12:22 pm

Nostalgia. Aquele ambiente, aquela senhora, aquele baralho. Memórias de uma pessoa importante. De alguma maneira, a velhinha havia conquistado a simpatia do garoto, mesmo com toda a indiferença. Tão familiar. Luke pôs toda sua arrogância de lado, e como uma criança, se sentou ao lado da anciã. Observava curioso enquanto ela fazia o ritual de embaralhar, espalhar geometricamente as cartas pela mesa e virar três delas. Três cartas com um nome bem assustador. A morte, o enforcado e o diabo. O garoto não conhecia muito de tarot, mas sabia que não era pelo nome das cartas que o resultado seria ruim, porém, as três vieram juntas e aquilo lhe causava dúvidas. Na verdade, ele acreditava pouco em qualquer baboseira mística, até conhecer seu pai. Talvez isso tenha lhe despertado um pouco de fé.

Sabia que aquele ambiente era típico de seguidores da religião do panteão do seu pai, e por um momento julgou estar seguro. Então lembrou que os seguidores poderiam ser do seu inimigo. Permaneceu ali, não falou nada, porém estava alerta para qualquer armadilha. Aquela cantoria bizarra era de dar medo, o que amenizou o incômodo foi o pensamento de que aquilo provavelmente era uma homenagem ao seu pai.

A velhinha enfim o olhou, parecia o analisar. Julgar o seu espírito. Aparentava satisfeita. O que ela falou sobre a morte... Luke concordava. A morte é a coisa mais normal da vida. Mas não ousou a interromper para dizer isso. Apenas concordou com um sorriso tímido. Seu irmão sempre disse para acreditar na sabedoria dos mais velhos. Isso ele o ensinou muito bem. Havia muita verdade nas profecias da cigana. Pelo menos era o garoto deduzia ao observar sua situação atual. Estava trilhando um caminho de vingança, e agora estava em outro caminho, caçando assassinos que a polícia é incapaz de capturar.

Seu pai pouco disse sobre o mundo místico. O lado da vida cuja maioria das pessoas tem os olhos fechados, mas ele acabara de achar uma pessoa que parecia ter muito o que o ensinar. Naquele momento, esqueceu todas as suas obrigações, seu desejo era passar horas conversando sobre o sobrenatural com aquela senhora. Perguntas sobre o seu pai, seus tios, e até sobre esse assassino. Mas será que ela teria a paciência e a boa vontade para um "aprendiz"? E outra... - Quem era aquela menina que me trouxe até aqui? - Se ela mostrasse confusão ou silêncio, ele completaria. - Ela disse que a orixá dela era Yewá.


Colt tem muitas, muitas perguntas pra ela. Seria massa fazer uma interação por skype pra dar uma agilizada. O que tu acha?
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Mensagem por VanOwen Qua Jun 13, 2012 2:35 pm

Acordou em sua cama, ainda com a roupa que passara o dia. Ainda era a mesma noite, por mais que pedisse aos deuses que ela passasse. Não deveria ser mais que... céus, que horas eram aquela? Preferiu não saber e pôs-se sob um chuveiro quente. Seu corpo magrelo pareceu abraçar o calor da água como uma amante fervorosa. Ficou ali durante uns dez minutos ininterruptos. Agasalhou-se e decidiu sair. Enquanto a água escorria por sua têmpora pôde novamente organizar o pensamento. No outro dia trabalharia normalmente no departamento. Prenderia algum traficante menor e talvez o libertasse após recolher seus pacotes. Nunca experimentara êxtase. O pensamento de bancar o bad cop o fez sorrir. Vasculharia as ruelas da cidade atrás de algumas fontes de informação alternativa, por assim dizer. Começaria imediatamente, mesmo que sem grandes pretenções.
Por mais que fosse um péssimo atirador, encaixou a Beretta que o departamento lhe cedia em seu coldre. Não levaria o distintivo. Não era a polícia que visitaria os golpistas de ocultismo naquela noite. Pegou em seu armário um velho baú e dele tirara um velho chapéu, preto e meio mofado. Pertencera ao velho Padre, ao qual o nome ja era uma fumaça em sua memória. Aquele que o criara em sua breve infância, na cidade de Tijuana. Seria Miguel, seu nome? El Padrecito Rafael, talvez. Não, talvez não fosse nenhum nome de arcanjo. Podia muito bem ser Diego.

-Levanta, vamos dar um passeio.- Soltou para Grim, seu dobermann anti-social. O cão assistia a tv, com o olhar fixo. Passava alguma coisa parecido com "Motoqueiro Fantasma", mas Nicolas Cage jamais seria o cara certo para o papel. -Não adianta, pra quem te conhece esse estilo bad boy não cola. - Abriu a geladeira e atirou ao cão uma linguiça calabresa. - É tudo que vai ter hoje, boca de bueiro.

--

Caminhava com Grim preso a uma coleira de ferro bem barulhenta. A coleira não passava de pura figuração, caso fosse necessário o cachorro arrebentaria a corrente com sua força descomunal, mas era mais provável que a comesse. Por onde passaram as pessoas lhe abriaram caminho. Passear com Grim fazia muito bem para o orgulho de semideus de Rick. Era fácil desconsiderar o fato que abriam passagem para o cachorro de cinquenta quilos de puro músculo e bafo. Rick era o rei do próprio ego.
Em pouco tempo poucas pessoas tinham que se afastar para que passasem, não somente pelo fato de estarem muito interessadas pelo outro lado da rua (este sem "cachorros crias do abismo"), mas por haverem poucas pessoas naquela avenida. Com uma das páginas amarelas na mão, visitaria cada especialista em ocultismo da cidade. A lista envolvia dezenas, mas contentaria-se em visitar somente as mais próximas para começar. Levava consigo alguns trocados, dinheiro não faltava para o jovem e bem sucedido policial solteiro, mas não pretendia gastar com chantagistas baratos. Compraria informações confiáveis. Colocaria se preciso a semi-automática entre os olhos dos tratantes, a fim de encontrar alguem com poderes de fato sobrenaturais. Procuraria pelo melhor ocultista da cidade.
E por uma nova garrafa de uisque. Seu Passaport escocês já estava próximo do fim.

"Preciso de um norte. Preciso saber aquilo que estou caçando. Um ocultista sábio talvez possa me indicar alguma fonte de estudo. Que tipo de criaturas sem alma poderiam caminhar na terra sem autorização dos deuses?..."


Afastou as reticências de sua mente. Será que realmente deveria se dar ao trabalho de associar a criatura a algum deus vingativo? Porquê se assim fosse, a lista de deuses seria bem maior que a página amarela que balançava em sua mão esquerda. Naquele momento daria tudo para ser cristão. Pelo menos só haveria um Deus em quem por a culpa.

Parou em frente a uma placa. A pesquisa daquela noite estava pra começar.
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Mensagem por Luke Colt Qua Jun 13, 2012 3:07 pm

A velha senhora, sem qualquer pressa, começa a recolher as cartas e juntar em um único baralho.

- Ninguém te trouxe até aqui. Você entrou por vontade própria, lembra? - Ela diz, naturalmente.

- Não... Tinha uma menina. Ela me trouxe aqui. Quando ela aparecia o tempo parava, e quando ela sumia, tudo voltava ao normal.

- O tempo não para. Ele anda em várias direções, as vezes dá saltos, muda de velocidade. Mas nunca para. - Ela embaralha as cartas e as coloca no canto da mesa. O velho, noutro cômodo, continua cantando a mesma música. - As vezes nós nos desligamos um pouco dele, mas nunca conseguimos escapar. - Com dificuldade, ela se apoia na mesa e se levanta. Ela é baixinha e corcunda. - Ultimamente o tempo anda agitado. Bravo. Ele está contra a gente. - Ela aponta o dedo magro. - Contra você, principalmente.

Ok, ela não sabe sobre a tal menina. E também nem vai responder por que o tempo está contra mim. Então vamos pular. - O que você sabe sobre meu pai, e sobre Barão Samedi?

- Filho de Ogum... - Ela murmura, dando a volta na mesa com as mãos nos bolsos que ficam a frente do seu vestido. - Venha comigo, sim? - Ela vai caminhando, apaga a vela roxa e sai da salinha.

Desconfiado, porém curioso, o garoto se levanta e a segue.

- Você não é filho de Ogum, não é mesmo? - Ela está indo a um canto da sala escura que parece ser a cozinha. Uma bancada com uma pia e um fogão velho e sujo ao lado. - Você é filho de São Jorge.

Colt dá de ombros. - E não são a mesma pessoa?

- Havia um travesti que se vendia aqui na rua durante a noite. - Ela começa a preparar chá. As folhas são naturais, e ela espreme ali na chaleira mesmo.
Ela deixa a chaleira esquentando e vai até uma cadeirinha, onde se senta com as mãos no colo. - Durante a noite, ele se chamava Lucila. Uma graça de pessoa.

Whata? O que essa mulher está falando? O que tem a ver o travesti com São Jorge? Ignorou. - Por favor, senhora, eu preciso saber... Vidas dependem de mim. - Não era como se Luke se importasse muito, mas havia verdade no que disse.

Ela abre aquele sorriso faltando um dente. É engraçado como a velha não solta nenhum som para sorrir ou rir. Ela só mostra aqueles dentes no mais profundo silêncio.

- Você não pode vaiar antes da música acabar. - E então ela continua de onde parou. - Durante o dia, ele se chamava Gulliver. Era um homem sério, que morava no prédio ao lado. - Para mim, que o conhecia muito bem, Gulliver e Lucila eram a mesma pessoa. Mas para os outros, eram completamente diferentes. Quando Gulliver, ele tratava os próximos de um jeito. Quando Lucila, de outro. Eu sei que eles eram a mesma pessoa. Você também sabe disso. Mas ele sabe?

Entendeu o raciocínio da mulher. - Saquei. Então sou filho de São Jorge. - Luke tirou o amuleto de dentro do moletom e o olhou bem. A figura do santo gravado. Montando um garanhão, enquanto subjulgava o dragão com sua lança. No final das contas, não teve a resposta que queria. - E sobre esses assassinatos? Você sabe alguma coisa?

- Gulliver foi o primeiro. Depois foi a filha do Literatto, dono de uma padaria a duas quadras daqui. - Com calma, ela se levanta e vai pegar a chaleira que já está apitando. - Depois disso, destrambelhou. - Ela vai servindo o chá em duas xícaras. O cheiro é muito bom, forte e confortável. - Calmaria foi quem encontrou eles, sabe. Ela sempre pede ajuda pra mim, mas eu já a ensinei tudo o que eu tinha pra ensinar. Mas ela insiste em depender de mim. Boa menina...

Calmaria? - Agora os pontos se conectavam. - Cadê ela?

- Ela já foi. - Ela diz, aproximando-se de Luke e entregando-lhe uma xícara. - Ela tem esse nome por um motivo. Calmaria morre de medo quando as coisas começam a se agitar. Ela ouve o mar astral o tempo inteiro... Ele assusta um pouco.

- Acho que foi ela quem me trouxe aqui. - Ele pega a xícara, mas não bebe. Está ocupado demais para isso, perguntando coisa atrás de coisa. - Estou procurando por um filho do Barão [Samedi].

- Ela não te trouxe aqui. Ela só te chamou, você entrou porque quis. - A cigana diz de novo. - Calmaria é só uma criança, ela não tem forças pra forçar ninguém a nada. - E abre aquele sorriso esquisito. Então ela caminha até a cadeirinha e senta-se para começar a tomar o chá. - Acho que o Barão não tem nenhum filho aqui. Não por enquanto. E, sendo assim, por que você veio então?

- Não sei onde tem um desses. Então quando vi que tava tendo essas paradas esquisitas aqui, eu vim pra cá. Era isso, ou ficar sentado esperando.

- Sim... O Destino tem suas maneiras de encontrar as pessoas. - Ela beberica o primeiro gole de chá. Bom, ao menos não está envenenado. - E agora você está indo de frente contra eles. E eles sabem disso. Eles sabiam muito antes de você pensar em vir.

- Ele devia imaginar, no momento em que mataram minha mãe. - Na voz de Colt, só tinha lugar para o desprezo. Até o momento, ele estava se esforçando para parecer o cara legal. Mas depois de lembrar da imagem da sua mãe pálida sobre a cama, não deu pra segurar. - Eu vou achar esse desgraçado. E vou ter minha vingança. Ou morrerei tentando. - Os olhos do garoto estavam a ponto de entrar em chamas de tanta determinação, no momento em que ele fitou a velha. - Eu não ligo se eles vierem atrás de mim. É bom que me poupa o trabalho. - Luke já não tinha humor para perguntar mais nada, mas sabia que viria sermão em seguida. Então apenas se rescostou e esperou.

- Oh, não. Eles não tem nada com o Barão. Você entrou em outra história, agora. Eles são agentes de outro alguém. De algo muito maior e mais poderoso do que o Barão, São Jorge ou qualquer outro do mundo de cima. - Ela dá mais uma longa golada de chá. - O tempo.

Okay. Agora Luke já estava mais perdido que qualquer outra coisa. Olhou com olhos em dúvida para ela. - Eles, os assassinos de peles? Ou eles, os assassinos da minha mãe?

- Os assassinos de peles. - Ela sorri. - Sente-se, beba o chá. você precisa se acalmar um pouco.

A verdade era que ele estava mais preocupado com a sua vingança do que com salvar o mundo do tempo. Na mitologia grega, ele sabia que isso tinha a ver com Chronos, mas se perguntava se, com tantos deuses e pantões, Chronos fosse mesmo o culpado. Sentou, e bebeu o chá. Como um bom inglês. E agradeceu no final. - Você sabe como eu posso achá-los e dar um fim nisso?

- Não. - Ela termina o próprio chá e fica com a xícara vazia apoiada no colo. - Por enquanto nossa preocupação era te salvar deles. Assim como eles sabiam que você viria e que era você quem causaria o fim deles, nós sabíamos que eles tentariam te eliminar primeiro para evitar o futuro. Por isso, Calmaria mudou seu caminho para evitar o futuro deles, e agora tudo está mudado novamente. Eles irão mudar o foco para outro, e não há mais nada que nós possamos fazer. Apenas te segurar aqui, impedir que se vá até que o mar astral se acalme... de novo... - A voz dela ficou cada vez mais baixa, até sumir completamente.

A visão de Colt embaça. A velhinha está dormindo sentada com as mãos no colo. A cabeça dela pende para frente. Ele então entende o que ela fez. O efeito o pegou também, e tudo começa a escurecer conforme ele não resiste acordado.

Luke Colt; Resistir ao Sonífero
Vigor+Resistência = 5 / Dif = 3 / Epic 1
7, 5, 1, 5, 1 = 1 sucesso+1 = 2 sucessos = Falha.

O velho para de cantar.
Luke Colt
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Mensagem por Connor Qua Jun 13, 2012 8:00 pm

Spoiler:
O que você tem por dentro? - Página 3 Thorn
Vittoria escreveu:-O que quer dizer com ele está marcado?

- Um dos presentes de Thor. Basicamente era tudo que ele sabia explicar sobre sua Dadiva, ele só fazia aquilo por instinto, não pensava em teorias mirabolantes nem técnicas avançadas de física quântica. - Se ele correr perigo, eu vou saber, é tudo que sei explicar. e dava uma risada sem graça enquanto abria a porta do Bar para a mulher entrar. Esperar Pietro voltar talvez demorasse muito tempo, talvez fosse rápido, seja lá o que ele estivesse fazendo.

Connor acompanhava até o bar, enfim, a borboleta resolveu sair do casulo heim? Ela pediu uma vodca, ta louca? Com um bicho desses solto na cidade e ela vai tomar álcool puro? Bom, tá, deixa ela, talvez queira espantar o frio, ou talvez algum peso na consciência. Que seja.

- Uma cerveja pra mim campeão. Enquanto ele começava a preparar o drink de Vit, Connor falava com ele mais uma vez. -Bem gelada heim! E agora ela pegava o celular conversando com a mulher que tinham lhe passado o numero. Assim que o barman voltava com a cerveja Connor pegava uma nota de US$50 na carteira e colocava em cima do Balcão. - Então cara, trabalhar no bar deve ouvir bastante coisa né? Conversa estranha e essas coisas. Talvez entre um drink e outro você talvez tenha ouvido algo sobre essa onda de assassinatos talvez? Dava uma sacudidela na nota com a intenção de chamar o olhar do homem pro dinheiro. - Meu amigo Grant aqui tinha um conhecido no meio dessa confusão.
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Mensagem por Gam Qui Jun 14, 2012 11:16 am




Vittoria De'Angelis e Noah Connor caminham sem pressa pela estreita rua daquele bairro esquecido de Vegas. Eles estão voltando para o bar inicial enquanto dividem algumas informações sobre suas próprias capacidades, se conhecem melhor. Ela comenta que a chuva lhe gelou até os ossos.

À apenas três quadras dali, Pietro De'Angelis também caminha tranquilamente. Ele está indo para o mesmo bar, e a rua em que anda também é estreita e vazia. A diferença é que é uma parte residencial, não há bares abertos. Uma música triste toca ao longe, e é a única coisa além de seus passos que quebra o silêncio. A letra o faz lembrar de sua mãe, lhe traz nostalgia.

Vittoria e Noah entram no bar aberto. O rádio parece ter emperrado e o barman está tentando consertar. A música que ouvem é distante, triste, vem de algum outro lugar. A melodia traz saudades, e talvez uma tristeza conformada. Parece que esse lugar nunca tem outro clima além do lúgubre. Eles se sentam em frente ao balcão.

Enquanto caminha, Pietro está se lembrando dos corvos. Quando ele lhes mandou procurar pelo tal monstro, um deles foi a frente como porta-voz e disse presumir que o monstro já foi encontrado. Mas por nenhum deles ali. Os pássaros pareciam estar calados, em um luto respeitoso. De início, Pietro não entendeu. Mas então, para seu choque, percebeu que faltava um. Só haviam dezenove corvos.

Sim, chuvas assim são normais. Foi o que respondeu o barman. Ele explica para Vittoria que, mesmo em cidades desérticas, chove as vezes. É raro, mas faz parte. Um chuvisco fino nessa época do ano não é nada impressionante.

Uma sensação de vazio interior toma conta de Pietro. De início era como se a nostalgia causada pela música lhe trouxesse depressão, mas não é bem isso. Foi repentino demais, forte demais pra ser só isso. O vazio lhe dá calafrios, seu peito treme como se ele acabasse de tomar um susto. Ele sente que está sendo observado. E está.

Pietro; Resistir (prolongado)
FV = 7 / Dif = ?
10, 10, 8, 1, 5, 5, 6 = 5 sucessos

O martini e a cerveja são servidos. O barman discretamente aceita a nota e se esforça para fazer valer o dinheiro. Ele inclina-se sobre o balcão e conta sobre o que ele ouviu de um investigador. As mortes divulgadas são só as que eles não conseguiram esconder. Eles escondem os números reais para não alarmar a população, mas até então já foram centenas de vítimas. Estava beirando as trezentas quando ele ouviu essa conversa, dois dias atrás.

Pietro não sente mais as pernas. Elas estão lá, mas não tem forças. Ele despenca. A queda de cara no chão lhe quebrou o nariz, mas a dor é irrisória comparada ao que ele está sentindo por dentro. Vazio intenso. Vazio de morte. Medo do desconhecido. Incapacidade completa... Frio. O único que não foi marcado.

Pietro; Resistir (prolongado)
FV = 7 / Dif = ?
5, 8, 5, 10, 6, 6, 4 = 3 sucessos

Linda atende o telefone. É uma mulher séria, mas não rabugenta. Ela não abre as pernas e aceita logo de cara a intrusão de Vittoria, mas marca um encontro. Parece que estão aceitando toda a ajuda possível nesse caso. Vittoria bebe um pequeno gole da sua taça de martini. Está forte. Ela sente um súbito vazio no peito, sem qualquer explicação. Um calafrio lhe sobe a espinha. Há algo errado, ela tem certeza disso. Mas não sabe o que é. Intuição feminina.

Dezenove... Apertando o próprio peito enquanto se contorce no chão, Pietro ouve pequenas engrenagens. Ouve o som de asas batendo. A adrenalina deixou seus sentidos a mil. Ou isso, ou é assim que deve ser quando...

Pietro; Resistir (prolongado)
FV = 7 / Dif = ?
7, 1, 2, 7, 2, 10, 8 = 5 sucessos



Luke Colt semi-acorda. Ele está deitado de lado no chão de madeira. Metade da sua cara está dormente, provavelmente pela pancada quando ele caiu. Seus sentidos ainda estão muito amortecidos, e tudo o que o seu cérebro quer é dormir de novo, como se ele estivesse sem dormir há dias. Embriagado, com a visão embaçada, ele vê alguém sentada no chão um pouco a sua frente, virada pra ele. É aquela garota, ele tem certeza. Calmaria, o nome dela? Ela segura uma xícara trincada... A sua, provavelmente.

- Acho que é o anjo da morte, tá vendo as asa? - Ela inclina a xícara em frente aos seus olhos, mostrando a mancha de chá deixada no fundo do recipiente vazio. - Mas tá meio embaçado, tem algo de ruim... - Ela olha para a xícara, com uma expressão meio confusa.

Antes de apagar de novo na mesma posição, Colt pode ouvir a menina levantando e chamando por alguém.

- Nhá Ciça! Olha só como ficou!



- Alguém maior acabou de cair.

É um homem de barba mal-feita, fedendo a suor. Ele usa uma camiseta branca já toda manchada e calças jeans com manchas de café. Está descalço. Claro, está dentro da sua própria casa.

Quando Henrique chegou no endereço que havia recolhido, o pretenso ocultista abriu uma portinhola na porta por onde observou a visita. Ao ver o cão, ele apavorou-se com um grito abafado e fechou-a novamente, rapidamente passando várias trancas na porta. Foi inútil. A um comando de Montana, o cão derrubou a porta com um só encontrão. A sala estava toda bagunçada, não tinha televisão nem móveis decorativos. Apenas jornais espalhados e um notebook desligado no chão. Sem pressa, Henrique passou por cima da porta com o Hellhound na coleira farejando o infeliz. Eles o encontraram no banheiro, encolhido em cima da privada de tampa fechada. Ele estava apavorado, de olhos arregalados, mas não foi por isso que ele desmaiou. Foi como se ele tivesse tomado um impacto invisível muito forte que o arremessou contra a porta encardida do boxe do chuveiro. Alguns segundos depois, acordando do desamaio, foi isso o que ele falou:

- Alguém maior acabou de cair. - Ele diz sozinho, automaticamente. Depois, lembra da presença de Henrique e o Hellhound, e entra em estado de pânico de novo. - Quem... Quem é você?



[Notas Pessoais]
  • Vittoria
    • -2 Lenda
    • Marca da Vigília: Chacal

  • Noah Connor
    • -2 Lenda
    • Marca da Vigília: Mendigo; Luke Colt


[OFF]
Steven, se quiser gastar FV ou o caralho a quatro em quaisquer dos testes, pode avisar agora.
Gam
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