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Pietro De'Angelis
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Mensagem por VanOwen Qui Jun 14, 2012 3:17 pm

Alguém maior acabou de cair.

Ajoelhado naquele banheiro de subúrbio, Montana arrastou uma mecha de cabelo para atrás da orelha enquanto encarava aquele homem. O único som no local era a respiração ofegante ecoando no banheiro e o som seco das unhas de Grim que caminhava em algum lugar atrás de Henrique, garantindo sua retaguarda ou querendo enxergar o que acontecia no cubículo. Henrique encostou sua mão na testa do homem antes que este pudesse recuar, esclarecendo com o próprio gesto que checava sua temperatura.

-E quanto mais alto se vai... maior é a queda. Não é mesmo?
- Observou atentamente aquele homem. Estava moribundo e parecia que não dormia bem a algum tempo. O suor talvez representasse um metabolismo acelerado ou algum bombeamento de adrenalina, mas não pela sua fuga para o banheiro. Ele ja suava antes. Rick olhou no fundo dos olhos do homem, como se sua alma fosse à janela de sua íris e lhe cumprimentasse com um "olá". - Você possui visões... - afirmou Henrique como se acabasse de concluir aquilo, para si mesmo. De súbito, mil coisas se passaram em sua cabeça. O que seriam os videntes? Profetas angelicais? Humanos sensíveis? Bastardos divinos de terceira geração?

-Meu nome é Henrique Montana Vermont, Mexicano, oficial investigador do Departamento de Narcóticos da LVMPD, por indicação do Sherife Douglas Gillespie. Odeio baseball, críquete, rockey e qualquer coisa que se joga com um pedaço de pau. Gosto de caqui, uma fruta asiática que fez muito sucesso nas américas e na europa medieval e torço pra um time Sul Africano de Rugby. Além disso sou filho de Miclátecuhtli, o deus asteca do Reino dos Mortos. E eu preciso de sua ajuda.

Fez uma longa pausa e sorriu em silêncio.

-Mas provavelmente você ja sabia de tudo isso a algum tempo.
- Ajudou o homem a se levantar e ordenou que seu cão de porte equino ficasse quieto em um canto da sala. Sugeriu tomarem um copo de água com açúcar e encaminhou o homem até a própria cozinha.

Não é habitual de Rick sair por aí espalhando sua vida, mas sentia que aquele homem sabia tudo o que precisava saber, e somente isso. Só sabia aquilo que os deuses ou algo além permitia que ele soubesse. Carteando de uma só vez todos os seus segredos esperava conquistar do 'humano degradado' alguma confiança. E quem sabe adiantar o papo.

-Sei o que está pensando. Eu não vim te buscar. Não sou esse tipo de servo para meu pai.- Chamou o homem pelo nome e pediu que o escutasse atentamente. -Não sou eu quem está fazendo esse pandemônio lá fora, você sabe disso. Não é toda vez que alguem morre que a culpa é do filho do deus da morte que caminha dentre eles. O maldito buraco é mais embaixo, e eu não sei quanto a você, mas não gosto de ninguém mexendo nos meus fundos. - Fez uma pausa, enquanto guardava a nota mental de tornar suas metáforas menos íntimas.

-Se o que você diz é verdade... presumo que algum panteão tenha sido atingido. - Em algum lugar em seu íntimo, sentiu-se pesaroso quanto a segurança de seu pai. Por outro lado, deliciava-se com a visão de ver o velho morto. Que engraçado seria, não? Não nutria nenhum sentimento ruim por seu progenitor além da camaradagem de qualquer filho de um filho da puta. Até os deuses podem morrer, o que tornava a todos peças do mesmo jogo, apenas em tabuleiros diferentes.

Novamente despertou de seus devaneios com outra ordem, coisa na qual todo semideus é muito bom.

-Profeta, me conte tudo o que você sabe. Mas seja breve, tem um cataclisma prestes a eclodir lá fora e infelizmente eu deixei a porta aberta quando entrei.
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Mensagem por Pietro De'Angelis Qui Jun 14, 2012 3:43 pm

Desatento... Despreocupado... Despreparado...



O Scion caminhava em direção ao bar. Sua mente vagava entre diferentes assuntos pois assim era a mente dele: nunca parava. No mesmo instante que estava pensando no problema que o trouxera a cidade sua cabeça o fez pensa na mulher do morto, logo depois vagou para a lembrança de sua irmã e a mensagem que dizia que ele estava paquerando alguém. Ele riu. Um riso tranquilo, um riso de quem gostou do que ouviu ou leu, um riso humano, sem preocupação, um riso inocente...

Inocência. Uma palavra forte que trazia um grande significado. No mundo atual não era possível ser inocente. Não mais. E enquanto matutava sobre aquilo uma música chegou a seus ouvidos. Uma música melódica, carregada de sentimento. Essa mesma música trouxe antigas lembranças. Um tempo bom, um tempo em que a única preocupação do Scion era o dever de casa, a única dor era o machucado na perna e a única obrigação era dormir cedo. A imagem de Pietro correndo atrás de sua mãe afundou o coração do Scion em nostalgia.

Era uma noite fria. Mãe e filho estavam dentro do museu de Londres. O jovem havia se separado dela enquanto olhava algumas peças raras. Sua mãe estava de frente a uma antiga relíquia egípcia. O jovem correu até ela e ficou observando aquela estranha pedra. Era a Pedra da Roseta, uma das mais antigas relíquias responsáveis por decifrar os hieróglifos. Sua mãe, naquele momento, chorava. O garoto ergueu o olhar para a mãe sem entender muito bem, mas ele apenas fez o que uma criança faria: a abraçou.

Pietro voltou repentinamente para a era atual. Ele percebeu que seu corpo estava parado. Uma lágrima teimou em escorrer de seu olhar. O Scion de Loki nunca fora sentimental contudo aquela música e suas memórias o pegaram desprevenido. Passando a mão no rosto ele fez questão de voltar a seu estado normal, porém aquilo não seria tão fácil. Um pouco a frente ele via seus corvos que estavam estranhamente quietos.

- O que aconteceu, gent....

Pietro parou sua pergunta. Ele percebeu que um deles faltava. John, pobre John... Ele não estava entre eles. O que havia acontecido? Sua mente, antes perdida começou a focar mas não o suficiente. O coração daquele filho de deus estava estranho. Algo estava errado. Depressão? Pietro nunca tivera isso na vida, ele sempre foi um bon vivant, sempre soube o que fazer, mas ali, naquele instante ele parecia incapacitado.

"Mas o que é isso? Que sentimento é esse? Não..Não..NÃÃÃO..."

Outra lágrima descia de seu rosto enquanto o Scion caía de joelhos no chão. Aquilo era forte. Aquilo era doloroso. Não, aquilo não poderia simplesmente ser tristeza. Aquilo tinha que ser obra de algo superior, algo maquiavélico o suficiente para que ele se desesperasse e quisesse simplesmente desistir. Seu ouvido era perfeito. Pietro era um dos poucos que tinha a capacidade de ouvir qualquer coisa e identificar qualquer problema*. Talvez esse nível de percepção que o fizera prestar muita atenção na música e deixar de lado o que quer que tenha se aproximado.

Pietro D'Angelis colocava a mão no peito sentindo aquela estranha pressão. Ele morreria ali. Ele sentia isso. Ele podia vislumbrar isso. Naquele instante não adiantaria clamar por sua mãe, por sua irmã ou por seu pai, principalmente seu pai. Loki, o senhor da enganação não o ajudaria. Adiantaria menos ainda clamar por seu verdadeiro pai, o deus egípcio que o renegara. Provavelmente o Scion morreria e o encontraria na hora do juízo final.

- NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃO!

Talvez fosse por isso que Pietro fora adotado por Loki. Ele não desistiria. Ele enganaria a morte e quem quer que fosse. Ele não se deixaria levar sem uma boa argumentação e, quem sabe, uma boa briga. Seus 'compadres' não estavam muito longe. Três quadras... Apenas três quadras. Ele conseguiria chegar a tempo? E seus pássaros amigos?

- AARRGGG NÃÃÃAÃÃO. FUJAAAMMM AGORA, PROCUREM A MIM DEPOIS! ele gritou para seus pássaros enquanto batia em retirada. Os pássaros podiam voar mais rápido do que ele correr.

O Scion forçou-se para apoiar o joelho no chão e então levantar-se. Ele correria. Ele correria o mais rápido que suas pernas permitissem. Ele não estava fugindo, apenas se retirando para uma estratégia melhor... A quem ele queria enganar? ele estava fugindo e fugindo com toda força. Se aquilo o deixasse vivo mais um dia ele o faria. Enquanto corria, ele tentava discar para Vitória. O número dela era o primeiro de sua agenda, apenas um click e ele conseguiria discar. Ele não falaria, apenas continuaria correndo em direção ao bar. Correria como o Cão que foge da cruz. Correria como um queniano nas competições brasileiras. Correria como uma galinha foge de um lobo, ele simplesmente correria! Seu ouvido se manteria atento para entender a distância que seu inimigo estava. Asas e engrenagens... Relógio, tempo, titã...

Nota:
*) Perfect Pitch. Só para encenar mesmo e tentar descobrir o que é o barulho

**) Então, o segundo ponto é: Feito Lendário (Legendary Deeds) p pag 122 Scion:Hero. Posso usar até 3 vezes por história, e como foram três testes, gastarei tudo agora. É viver ou morrer. No segundo teste ainda gastarei 1 FdV para adicionar um outro sucesso além do Legendary Deed.

***) A ideia você já sabe. Correr. usar sua audição para tentar entender o que se passa, mas ele não olhará para trás, apenas correrá na direção do bar enquanto liga para Pri.
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Mensagem por Connor Qui Jun 14, 2012 5:41 pm

Spoiler:

Eu disse! Hahaha Connor logo solta uma risada assim que fez o barman piar, olhando em direção a Vittoria. Apressado demais, como sempre, comemorava antes de hora, assim que ele falou aquela quantidade absurda de mortes o Scion de Thor mostra mais uma vez o temperamento digno de seu Pai. Com uma certa moderação na força ele da um soco no balcão, não quer quebrar o balcão e causa um confusão infernal, mas ele não podia conter a raiva que sentia agora. Tantos humanos mortos em tão pouco tempo, Eles tinham que estar ali desde o inicio, tinham que proteger os normais.

Mas e agora? Esperar Pietro e Vittoria e ir até a policia ou tentar encontrar o tal "Chupa-cabra" ? E essa música ... Cara, de onde diabos vem essa música? Tem coisa errada ai, mas é justamente ai que mora o problema, tem muita coisa errada acontecendo ao mesmo tempo.

Meio que sem saber o que fazer, ele vira pra Vitooria mais uma vez, virando o resto da cerveja que ainda tinha na garrafa e pedindo mais uma. - E agora? Fazer o que?
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Mensagem por Gam Qui Jun 14, 2012 6:38 pm



Vittoria e Connor, depois de procurar descobrir o motivo de uma comoção popular na região, encontrariam a pele vazia de Pietro De'Angelis a apenas três quadras dali. Vittoria, depois de muito tempo, perderia o controle. Ela cairia de joelhos em prantos no meio da rua, Connor ao seu lado sem saber como ajudar. Eventualmente, um romance começaria entre os dois Scions, unidos pela desgraça.

Colt iria saber disso mais tarde. Sabendo que Pietro foi pego em seu lugar, ele sentiria a responsabilidade de sua morte em suas costas. Agora seriam duas vinganças, conforme seu caminho de sangue se tornava cada vez mais pesado. Nada iria pará-lo até que encontrasse os responsáveis. E ele só conseguiria fazer isso com a ajuda de Montana, que eventualmente se juntaria ao grupo com informações valiosas para caçar quem quer que fez isso.

Sete meses depois, eles terminariam o que começaram. Depois que o último dos inimigos houvesse sido morto, Vittoria, pela segunda vez em muito tempo, cairia sobre os joelhos. Olheiras profundas marcariam a exaustão depois de tudo aquilo. Ela constataria que a vingança não lhe serviu de nada, não trouxe seu irmão de volta. Ela tinha perguntas que jamais seriam respondidas. Amarguras e sentimentos incompletos que estariam com ela dali em diante. Ela nunca mais seria a mesma.

Dois anos depois disso, Connor seria o próximo a morrer. Um servo de Titã com uma relíquia roubada iria destruí-lo com facilidade. Isso teria sido evitado se Pietro ainda estivesse vivo para roubar a relíquia antes, mas não seria o caso.

Um ano depois, Vittoria se enforcaria em um museu de Veneza. A este ponto, Colt seria um guerreiro vazio, com nenhum espaço em seu coração para outra coisa além de destruição total dos Titãs. Ele eventualmente seria dizimado por seu próprio pai, perigoso demais para a própria segurança da humanidade.


Mas nada disso vai acontecer. A xícara com o anjo da morte trinca sozinha nas mãos de Calmaria, caindo ao chão e despedaçando-se. O futuro foi alterado de novo. Todos os fios do Destino desemaranham-se e emaranham-se novamente formando novas possibilidades, redes e caminhos. As três bruxas cegas riem, pois Pietro De'Angelis vive.

Pietro -3 Lenda, -1 FV. Total de 23 sucessos no teste prolongado de resistência.


Juntando todas as suas forças, ele se levanta e faz o que seus atacantes misteriosos jamais esperariam. Pietro corre. Correndo como jamais antes em toda a sua vida, ignorando completamente o cansaço mórbido, ele sabe que a prioridade agora é sair dali. Ter um enfarto seria menos mortal do que o seu destino parado sozinho naquela rua.
De'Angelis corre com o verdadeiro medo da morte em seu peito dolorido. Seu calcanhar dá uma cãibra forte. Seu peito chia. As coxas ardem freneticamente e a lateral de seu tronco dói forte e implora por uma parada. Ele até perde a consciência por um segundo ou dois, mas isso não o impede de correr. Quando recupera os sentidos, ele ainda continua com o mesmo esforço mecânico.

Pietro De'Angelis não faz a menor ideia do que estão fazendo com ele, ou onde estão seus inimigos, mas isso não importa contanto que ele continue se afastando. Ainda há muito a ser feito, muita coisa para provar antes de morrer. Não pode acabar aqui. Ele não vai permitir.

Pietro Lenda +1

Cronos urra um urro silencioso de fúria. Um scion não significa muito para um Titã tão poderoso, em teoria. Mas, na prática, mesmo o mais sujo deles acaba de provar que suporta o insuportável. O tempo se dobra e desdobra em várias dimensões ecoando sua raiva, e as próprias percepções de toda a humanidade se confundem por um instante. Uma sensação conjunta de dejavu se prolonga por pelo menos quinze segundos.

E é enquanto essa sensação ainda está em efeito que Pietro chega no bar. O mesmo velho bar de outrora. Sua irmã está no balcão, sentada com o famoso jogador. Eles estão bebendo e conversando com o barman em completa tranquilidade. Em contraste, o filho de Loki se apóia na beira da porta sem se aguentar em pé. Ele ofega, seu rosto encharcado brilha de suor, seu paletó outrora impecável está todo amassado, com a camiseta social escapando por baixo. Um dos sapatos ficou no meio do caminho. Mas nada disso importa agora. O que importa é que ele está vivo, ao menos por hora.

E a engrenagem... Um pequeno detalhe que alterou completamente o destino. A percepção extra-auditiva do scion o permitiu localizar de onde veio enquanto ele era atacado. Há algum aparato em uma parede daquela mesma rua em que ele estava. Mal imagina ele que isso vai reduzir a investigação que outrora teria levado sete meses.



Em um apartamento longe dali, Montana conhece Cesar Georgina. Ele encontrou Cesar a partir de uma busca na internet. Ele não é o tipo que oferece "serviços de ocultista", o que lhe rendeu certa credibilidade para o Scion vir procurá-lo. Ele mantém um blog, onde escreve algumas de suas experiências e alguns textos desconexos. Cesar bebe água com açúcar e ainda parece nervoso, mas fica mais tranquilo em saber que não irá morrer hoje.

- Desculpe, eu... Não sei de tudo o que você gostaria que eu soubesse. Eu não sabia que existiam deuses astecas, nem sei o motivo do que tá acontecendo lá fora. - E então ele explica. - Eu gostaria de ajudar... Mas eu só sinto coisas. Eu sinto reflexos de eventos fortes lá fora. São como ondas que me acertam as vezes. Desde que essas mortes começaram, eu sinto elas o tempo todo. - Ele olha o tempo todo para o hellhound. Parece abismado com a existência daquele monstrengo. - São tantas... E a onda vem de um jeito diferente, dá pra diferenciar. Essa de agora há pouco foi como um tsunami. Eu achei que tinham matado alguém maior, mas... Ele levantou. Eu sei disso. Essa sensação começou um pouco depois de ele se levantar. Eu tô sentindo um dejavu...

É verdade. O Profeta acha que a sensação é só com ele, mas Montana está sentindo também. Ele sabe tudo o que ele vai falar momentos antes de ele falar. Um dejavu de longos 15 segundos.



Luke Colt acorda. Ele continua no mesmo lugar, no chão. Mas colocaram um travesseiro sob a sua cabeça. Fácil prever que ninguém nessa casa é forte o bastante para levantá-lo. Um cheiro gostoso de bolo toma suas narinas.

- Está tudo bem agora. - Ele ouve a voz daquela cigana. Ela está sentada na cadeirinha de outrora. - Já passou. Seu amigo sobreviveu. Calmaria deve estar voltando a qualquer momento.


[Notas Pessoais]
  • Vittoria De'Angelis
    • -2 Lenda
    • Marca da Vigília: Chacal

  • Pietro De'Angelis
    • -2 Lenda
    • -1 FV

  • Noah Connor
    • -2 Lenda
    • Marca da Vigília: Mendigo; Luke Colt


[Stunt Conquistado]
RAAAAAAAAAWWWWR ganhou o seu stunt épico pela sobrevivência míiiiiiiitica, Steven!
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Mensagem por Connor Qui Jun 14, 2012 7:43 pm

"Merda!" Foi a unica palavra que veio na mente de Connor. Uma hora estava tudo tranquilo, então a decisão que tinha de ser tomada chegou até eles, tão rápida quanto um tapa na cara. Nem bem pegou a segunda cerveja e um barulho e o cessar da nuvem de conversas do bar chegaram ao ouvido de Noah.

A cerveja ... Pfff ... deixada exatamente onde estava, as gotas de água q se condensam em contato com o vidro frio se lamentavam enquanto viam o Scion correndo em direção ao outro, tentando alcançar ele antes que o chão o fizesse. Quem tivesse feito aquilo tinha acabado de assinar a própria sentença de morte e a julgar pelas condições do Scion, tudo tinha sido perto, ou então ele não teria conseguido escapar. Assim que chegar perto de Pietro Noah passa o braço dele por cima de seu próprio ombro, mesmo que ele tivesse que ficar totalmente curvado por causa da diferença de alturas, e o levava até uma mesa, tirando quem é que tivesse sentado ali.

"Merda! MERDAAAA! Eu tinha que ter marcado ele antes! Poorrraaaa Noah, seu idiota, esse bicho podia ta morto agora... Ou o Engomadinho estaria se não fosse um Scion, e mesmo assim ele andou metade do caminho pro caixão." Era mais que nítida a indignação de Noah consigo mesmo, deixar de proteger um aliado era como se ele deixasse um Wide-Receiver desmarcado durante o jogo, imperdoável.

Quando Pietro estivesse sentado ele falaria, não podia perder o rastro da criatura, provavelmente os dois irmãos entenderiam isso ... Ele tinha certeza disso, era tarefa dos Scions livrar a Terra dessas criaturas.

- Te pegaram de jeito heim cara. Ta tudo belezinha? Onde que foi e quem te atacou, a gente não pode perder essa chance, vocês dois ficam aqui e eu cuido desse bichão. Os humanos normais chegariam ali por causa da curiosidade logo logo, e com certeza alguém já tinha ligado pra ambulância e policia, esse escambau todo. -Bora bora, fala rápido ou ele vai fugir. Vit, cuida dele e liga pro Luke que eu vou tentar seguir essa porcaria.
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Mensagem por Luke Colt Qui Jun 14, 2012 8:52 pm

Massa, então não é um assassino, são vários! E eles já tão sabendo da gente. E nós somos os alvos principais. Mas porra, meu plano ia dar certo! Eles tavam vindo atrás de mim, exatamente como eu queria! Mas pera aí... A véia tá dormindo, é isso? Bateu um sono agora também... Esse chá... Caralho...

O Scion despencou para o lado, batendo o rosto no chão. A postura era a pior possível, quando acordasse teria dores horríveis nas costas devido a mochila. E então adormeceu.

Acordou. Não completamente, dormir era a única coisa que importava. Seu rosto latejava e a menina de antes estava sentada na sua frente. Ela falou sobre algo, mas nada com que Colt pudesse se interessar naquela situação. - "Foda-se tudo, véi, vou é dormir." - Tirou a mochila das costas, afastou para o lado, virou para o outro e tornou ao sono.

O gradiente de dor que Luke sentia, conforme o efeito da droga ia passando era desconfortante. E logo esse incômodo conseguiu por Luke de pé. Levantou, enquanto pressionava o lado direito do rosto. Não conseguia nem sentir raiva da velha cigana, o que ela havia feito, foi apenas para o proteger, e ele tinha consciência disso, mas qual foi o preço a se pagar? Por que todos insistem em querer protege-lo? Será que aparenta ser tão frágil? Veja as respostas para estas perguntas nesta sexta, no Globo Repórter.

Aquele cheiro de bolo... Parecia magnífico. E estava realmente faminto. Colt não se lembra qual foi sua última refeição. Se sentia acolhido, em uma família. A senhora começa a falar. Luke fingiu que não se importava com isso. Talvez não se importasse mesmo. - Esse bolo tá cheirando. - Esperou que a velhinha o oferecesse, para devorar o máximo que conseguisse comer.
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Mensagem por VanOwen Qui Jun 14, 2012 9:05 pm

Olhou para Grim segundos antes que ele mijasse no pé da mesa. Observou os lábios do profeta se moverem sabendo exatamente as palavras que de lá sairiam. Sentiu seu coração acelerado e sua mente guiada para cada menor evento, desde a gota de água que escorria pelo lado de fora do copo até o tamborilar dos dedos de Cesar Georgina. Seu coração parecia subir pela garganta, junto à certeza de que o destino agia naquele instante. Tão certo quanto a Terra girava e o tempo corria. Quando deixou o recinto ainda sentia cada passo guiado por forças maiores. Sentia-se como uma peça do jogo dos astros. Mais um peão a ser movido. E não tentara lutar contra isso. Mais ainda, adiconava a cada passo sua própria força de sua vontade, fingindo para si mesmo que os seus pés os levariam para onde ele queria, e não para onde deveria estar. O que estaria acontecendo? Por quê tantas perguntas surgiam em sua cabeça e por quê sentia tão forte em seu íntimo que no momento em que obtivesse uma resposta, por menor que fosse, todas as outras viriam junto? Como uma avalanche de ações e reações, como cada ato deveria preceder numa concequência. Como... como num tsunami. Deixou para o profeta seu número para o caso de ter mais alguma visão. Sentia-se fraco, impotente e faminto. Mas não era comida que seu corpo desejava. Era algo mais íntimo, um clamor que parecia vir de sua alma.



Sabia o que lhe era pedido. E sabia quem pedia. Colocou a mão em uma espécie de coldre para facas, guardado junto à cós. Guardou no interior da manga do sobretudo uma pequena adaga, talhada com desenhos e formas. Já era hora de ungir alguém em sua mácula de morbidez. Esteve tão atônito com os recentes acontecimentos que por muito tempo esqueceu quem era. Esqueceu-se quais eram seu deveres, seus direitos e principalmente os seus prazeres. Grim paraceu sentir sua euforia e agora o carregava puxando o dono pela coleira.



Em um quarto de hora Henrique Montana jazia num beco, sentado encostado à uma parede, gargalhando em um riso seco e abafado. Aos seus pés jazia o corpo de um rapaz que não chegara a completar os seu 26 anos. Possuía o corpo coberto por tatuagens e uma bandana por sobre a cabeça, onde escondia uma tatuagem neonazista. O corpo estava estatelado no chão à contemplar o céu, tentando abraçá-lo com os braços abertos. Um cão abissal agora se alimentava de seu fígado, através da incisão que lhe abria do diafragma à pubis, poupando-lhe os órgãos vitais. Seus pés balançavam lentamente de um lado pro outro e o rapaz ainda engasgava-se em seu próprio sangue, mas seus olhos ja se encontravam brancos e sem conciência. Parecia somente... dor. Enquanto ouvia o mortal soltar seu último gemido, Rick enchia-se num gozo de satisfação e megalomania. Observou o cão mastigar o intestino do home, como se fosse uma correia de linguiças.

-Eu disse só o fígado, capeta.
- Riu. Balançou em sua mão o pequeno saco de pílulas e pequenos adesivos geométricos. - Para de comer essa merda Grim, deve estar mais podre do que tuas tripas.

Já mais tranquilo, fechou o sobretudo sobre sua camisa preta que brilhava à sangue fresco. Voltou à sua casa, banhou-se e subiu ao velho terraço com um pack de cervejas. Deitou-se no chão e procurou a estrela da noite anterior. Sabia tudo sobre ela agora. Sabia o seu segredo. Mas ninguém saberia o dele. Nem mesmo Cesar Georgina.
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Mensagem por Vittoria De'Angelis Qui Jun 14, 2012 11:28 pm

Spoiler:

"Hello world, Hope you're listening...Forgive me if I'm young for speaking out of turn..."

Observava o pôr-do-sol na beira daquele palanque, os longos cabelos castanhos estavam soltos e balançavam com o vento, assim como a saia de seu vestido branco. Andava com pequenos saltos de um lado para o outro com os pés descalços, ritmadamente e com perfeição - uma bailarina dedicada, provavelmente. Era jovem, talvez jovem demais para ter aquele olhar entristecido, preocupado... Enquanto seus olhos fitavam o horizente, além-mar. Em um canto, um pilha de livros e outros tantos abertos espalhados naquele velho palanque, junto de um par de sapatilhas impecavelmente brancas, feitas em um cetim ricamente bordado que brilhava com os raios de sol daquele entardecer. Quem passava, via seus lábios se moverem em uma canção silenciosa... Ou seria uma prece? Apoiou-se rapidamente nas pontas de um dos pés enquanto a outra perna se estendia para a frente. Seus olhos se fixaram no horizonte... E sua perna tomava o impulso necessário para girar e por um segundo... Um único segundo, o mundo não passava de um borrão.


Vittoria ouvia o soco de Connor no balcão, mas não tinha nenhuma reação com toda aquela comemoração dele. Seu corpo se arrepiava, estremecendo com um leve calafrio. Aquelas lembranças sempre lhe deixavam com um certo aperto no coação, uma saudade velada trazida por aquela música. De onde ela vinha, se o barman tentava consertar o rádio? "Nenhuma resposta..." Seu peito subia e descia lentamente numa respiração profunda enquanto seus lábios se comprimiam um contra o outro. Sua preocupação, sua intuição direcionava-se para Pietro, sempre pra ele... Seu irmão mais velho que lhe dominava os pensamentos enquanto estava distante. Sempre havia sido assim, sempre o esperava voltar ao lado da mãe com suas aventuras incríveis. Deu um pequeno gole no martini, saborando o gosto forte da bebida. Era bom para enuviar sua mente, deixar o mundo fora de foco... E seus pensamentos vagarem para longe de toda aquela angústia estranha que feria seu peito. -
Marquei um encontro com o contato. - Murmurava para Connor, bebericando mais um pouco de sua bebida e a sentindo descer pela garganta. "Onde você está...?" Perguntava para si mesma em seus pensamentos, olhando o celular. Não gostava daquela demora nas respostas do irmão, ainda mais com qualquer coisa perigosa solta por aí. Sua cabeça trabalhava contra ela, apontando as piores coisas que poderiam ter acontecido, ainda mais por estar com um sentimento ruim, muito ruim... Será que Colt havia se metido em problemas? Ou Pietro...? Ele não confirmou que voltaria, nem disse onde estava... Suspirou, bebendo o que restava de seu martini para sentir a mente se nublar, pelo menos um pouquinho.

Não consegue sentir...? - colocou a taça de volta no balcão, o olhar tornando-se opaco lentamente. Algo estava errado, e ela estava ali batendo papo ao invés de fazer algo. - Há algo errado e eu e você estamos parados. Isso não é coisa de heroí... - O mau humor vinha, causado pela longa ausência de resposta de Pietro. Não eram mais tão próximos como eram quando crianças pois agora eram Scions pertencentes a opostos. "Eu não protegi meu próprio irmão, mas protegi meu cachorro... Que mulher amarga eu me tornei." Durante este pensamento, seu celular tocava. "Pietro."

Colocou-se em pé no mesmo momento, atendendo o celular rapidamente -
Pietro, onde você está?! Caramba! - falava brava, sentindo um alivio quase que imediato apenas pelo sinal de vida. Ele sempre voltava... Mas não ouvia nada além da respiração ofegante e desesperada que vinha do outro lado da linha e seu corpo todo gelou. - Pietro...? - Sua voz não passou de um murmúrio... Pietro, era ele. Seu medo, o receio e sentimento de que algo estava terrívelmente errado. Sua intuição sempre estava certa. - Pietro! - ganhou forças para gritar dessa vez, o coração acelerado pelo medo. O moleque tinha razão, iam atrás de quem estava sozinho e ela havia deixado Pietro sozinho! BURRA!

O mundo havia parado de girar, ou seu corpo se movia rápido demais? Uma... Duas... Três vezes via o sol passar em câmera lenta diante de seus olhos e desaparecer em seguida, dando lugar aos prédios antigos e decrépitos de Veneza, já tomados pela escuridão do crepúsculo. Sempre tinham um ar entristecido para os olhos da jovem Vittoria, enquanto ela esperava sua mãe e seu irmão voltarem. Era seu ritual secreto, uma vez que nunca ia com eles em suas viagens... Podia ver o pequeno barco de sua familia entrar por ali, vindo do aeroporto e depois podia correr para casa fingindo que havia acabado de sair de qualquer uma de suas aulas. Não queria que soubessem que se preocupava, talvez nem que os amava... Mas desejava, sempre, que voltassem para a casa.

"Well hopefully the hate subsides and the love can begin. It might start now.. Well maybe I'm just dreaming out loud...And until then, come home 'cause I've been waiting for you."


Seu primeiro movimento era ligeiro em direção à porta, mantendo o celular no ouvido. Queria ouvir qualquer coisa que indicasse onde ele estava, sons de carros, de música, de boates... Mas tudo que ouvia era aquela música lúgubre que fazia seu coração parar, implorando para que o mundo parasse também "Pai... Ele é seu filho também, o proteja... por favor, o proteja... Ou nunca o perdoarei..." Ela orava em seus pensamentos. Sempre, ela sempre orava por ele."Ele é tudo o que eu não posso ser... E é por isso que eu preciso dele aqui, escute isso agora... Por favor."

Virando-se para a porta, via Pietro. O mundo havia parado, como ela pediu... Preferia acreditar nisso do que apenas depender da sorte. Queria acreditar que os deuses estavam interferindo em seus caminhos para que seus filhos ficassem salvos. Abaixou o aparelho devagar, silenciosa enquanto analisava a situação de seu irmão. Inteiro... Ele estava inteiro e não era apenas uma pele. Connor adiantou-se para ajudá-lo, o que mais do que ela conseguia fazer, tinha medo de suas pernas falharem. Então gritou -
NUNCA MAIS ME DEIXE SEM RESPOSTA! - era brava, com um toque de mágoa. Seus olhos tinham um tom avermelhado, quase de choro. Sim, ela esteve próxima de perder seu equilibrio graças aquela maldita ligação. Pelo menos o grito havia lhe dado forças para se aproximar da mesa em que o jogador havia colocado o ladrão de relíquias. Mas havia brilho em seu olhar de novo... Havia alivio em seus gestos... E raiva, muita raiva. Pegaria o que quer que fosse que fizera aquilo com ele, o protegeria como era de seu costume - Garçom, água! - gritou num tom de ordem que se não fosse atendido, ela provavelmente mataria um... Ou roubaria o que queria. Batendo em um, de preferência. Mexer com seu irmão era pior que mexer com ela. - Ninguém vai sair sozinho nessa porcaria de rua de novo. - olhou ameaçadora para Connor enquanto apontava para a rua, apenas por cogitar ir atrás da coisa. Chega, não iria perder mais ninguém por erros que consideravam seus - Ligue você para o Colt, ele não vai com a minha cara. Pergunte onde ele está que vamos até ele. - Ao lado de seu irmão, a primeira coisa que fazia era segurar em seu ombro numa tentativa de fazê-lo lhe olhar - O que aconteceu...? - Claro... aproveitaria para deixar ali a marca* ensinada por seu pai. Poderia ter perdido o irmão e sequer saberia... Não deixaria isso acontecer de novo. Sem erros dessa vez.

Enquanto o ouvia, caminhava até a porta para talvez conseguir ver algum rastro na calçada que não fosse o de Pietro ou mesmo sons... Se havia alguém perseguindo seu irmão, ela seria capaz de ouvir. Não iria muito longe, até uns dois passos para fora para ficar no alcance da voz de Pietro. Também não queria que ele notasse mais ainda o quão nervosa estava... Queria se acalmar para que ele não notasse o quanto aquilo - a possibilidade de perdê-lo - lhe tirava dos eixos.




*Marca do guardião em Pietro.
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Mensagem por Pietro De'Angelis Sex Jun 15, 2012 10:55 am

- Mãe...mãe, olhe! Olhe!! Aquele homem acabou de pegar a jóia e agora está correndo. Vamos, vamos pegá-lo!

Filho e mão correram como nunca para pegar o ladrão da Estrela do Norte, uma jóia que pertencia a família real de um isolado país da África. Os dois pularam cercas, desviaram de arbustos, saltaram poças de água e por fim, como que pulando iguais a gatos, mãe e filho caíram sobre o homem que havia roubado a relíquia. Contentes, eles prenderam o homem...

Aquela era uma das corridas que Pietro mais se lembrava. Sua mente agora seria totalmente alterada para o episódio que acabara de acontecer. Suas mão estavam frias pois seu coração bombeara todo o sangue para as pernas, possibilitando assim fuga a retirada tática que Pietro teve de fazer. O paletó estava encharcado assim como toda sua roupa. Uma característica do filho de Loki era suar como um porco. Ele não se importava. Não agora. Ele estava vivo... Ele estava VIVO!



Apoiando a mão na porta do bar o Scion buscava no olhar seus companheiros. Rapidamente ele viu sua irmã e Connor e aquilo o fez soltar uma gargalhada. O grandalhão logo se aproximou dele e começou a encher de pergunta. Habilmente ele se desvencilhou do grandalhão e caminhou em direção a mesa mais próxima de sua irmã. Sua face estava diferente. Era como se ele tivesse passado por uma experiência surreal. E não teria passado?

- UMA RODADA COMPLETA PARA TODO MUNDO! GARÇOM, um whisky, do mais puro e forte!

As palavras saíam com uma entonação maior do que deveria. Segundos antes de sentar o Scion tirava seu paletó, afrouxava a gravata, desabotoava as mangas da camisa social que estava por baixo e enfim, sentava. Jogando sua cabeça para trás e esticando suas pernas, Pietro mantinha um sorriso grande nos lábios. Ele havia escutado algumas palavras de sua irmã, porém assim como as de Connor, tudo passou despercebido. Voltando a cabeça para frente ele olhou para seu pé e viu que faltava um dos sapatos. Novamente ele riu!

- Senhores... eu vi a cara da morte... E acreditem, ela estava viva!

Pietro citou um pequeno trecho de uma música antiga. Ele riu ao lembrar-se dela. Cazuza, outrora grande ídolo, acabou por morrer deploravelmente. HIV, simples e direto. Foi consumido, porém a cada dia que a morte se aproximava melhores eram suas melodias. Naquele momento o Scion sabia o que ele sentiu em vida.

Pegando o Whisky ele não se importou em pedir um copo. Pegou a garrafa da mão do garçom e virou boa parte dela. Ele era forte com bebidas. Ele sabia que aquela garrafa não lhe faria mal, a não ser pela provável dor de cabeça que sentiria horas mais tarde. Valia a pena. Após um grande gole ele inclinou novamente a cabeça e dessa vez desmaiou.

Um minuto ou talvez menos. O corpo do Scion se desligou momentaneamente. Ele acordou com um pulo, provavelmente assustando qualquer pessoa que estivesse próxima. Ele olhou para os lados e riu. Ele era realmente um filho de Loki. Enganara a morte e agora era hora da revanche. Levantando-se ele passou a mão pelo cabelo e o ajeitou. Fechou os botões da blusa e, com um sorriso mais calmo olhou para sua irmã.

- Pode deixar maninha, palavra de escoteiro que nunca mais te deixarei sem notícias.

Piscou para ela, rindo. Olhou para Connor que provavelmente queria por seus músculos prontos para ação. Pietro o avaliou de cima em baixo antes de proferir as próximas palavras.

- Liguem para o Luke, precisaremos dele. A três quadras daqui fui atacado pela própria morte. Tive de usar uma tática de retirada para vir avisar vocês para agora unirmos forças e contra-atacar.

A voz dele tornara-se ligeiramente séria. Era o intuito de Pietro faze-los acreditar em sua 'tática de retirada' mesmo que ele não se importasse em revelar que correu. O importante era manter as aparências.

- Em algum ponto de lá existe algum aparelho. Deve ser algo como uma engrenagem. Ela começou tudo, pelo menos é o que parece. Talvez esteja dentro de uma casa, talvez dentro da parede, vai saber. Preciso voltar lá para ter certeza. Pronto moçada?

Ele olhava confiante. Apesar de não querer voltar ele sabia que tinha. Ele tinha de dar o troco. Ele tinha de cutucar a onça com vara curta afinal esse era Pietro. Óbviamente ele faria Connor ir na frente. Ele não gostaria de ter a mesma sensação de novo.

- Se vocês começarem a se sentirem EMOs, aconselho a se retirarem o mais rápido do local, acredite, é a melhor estratégia, ok?
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Mensagem por Gam Sáb Jun 16, 2012 8:35 am



Pietro -1 FV
Vittoria +1 Lenda

Pietro respira fundo e faz um último esforço para parecer bem. A imagem, afinal, faz toda a diferença. Ele não vai ser o coitado que quase morreu. Ele vai ser o homem forte demais pra cair. Com cada passo lhe pesando toneladas, ele caminha com esforço até a cadeira. E é lá, depois de breves momentos, que ele perde a consciência.

Os scions se preocupam, mas ele está vivo. Vittoria joga-lhe água na testa, o garçom coloca uma toalha dobrada atrás de sua cabeça. Todos no bar olham naquela direção, é claro.

Todos falam de ligar para Luke, mas ninguém ligou ainda. Se eles querem pegar o atacante, o ideal seria voltar o mais rápido possível. Cada segundo perdido teria sido essencial. E o tempo não está disposto a esperar por estes Scions.



A velha cigana abre aquele velho sorriso diante da demonstração de prioridades do garoto. Ela abre o fogão e, com um pano retira a forma. O cheiro é muito bom. Parece chocolate com um toque exótico a mais. Ela corta um pedaço e serve para Colt, que começa a comer como se não houvesse amanhã. Vendo o apetite, ela já lhe serve outro antes mesmo de pegar o seu pedaço.

- O Destino é alterado diversas vezes em um mesmo dia. Cada uma de nossas decisões abre uma infinidade de novos caminhos. Mas hoje houveram muitas viradas bruscas. Estamos desafiando as escritas do futuro o tempo todo. Todos nós. Eles, nós, seus amigos... - Ela resmunga em voz baixa entre uma garfada e outra, como se estivesse falando para si mesma. - Eu não sei mais se você é primordial na busca por seus inimigos. Mas seu papel ainda é muito importante. Pretende cumprí-lo?



Quase duas horas depois, Montana está novamente no terraço, observando a mesma estrela. Mas sua atenção não está nela. Sua cabeça agora trabalha freneticamente, tentando juntar as peças do que teve até agora. (Raciocínio 4[1], Foco Meditativo, Investigador Imediato)

Havia uma mensagem quando ele chegou. Quando souberam que estava de olho nesse caso, acharam por bem dividir com ele uma informação confidencial: Os verdadeiros números.

Mortes daquele tipo estavam acontecendo o tempo inteiro. Não eram só duas ou três a cada dois dias, como os jornais divulgavam. Eram dezenas diariamente. Desde o primeiro corpo encontrado naquele estado, o número mais fresco é de 758 e subindo. Estão devorando as pessoas de Las Vegas aos montes, como um tamanduá coletando formigas direto do formigueiro. A caça pessoal de Montana é só um hobby inofensivo comparado com o que estão fazendo em sua cidade.

Se Cesar sente mesmo cada uma dessas mortes, ele não deve ter sossego. Isso explica o estado deplorável do homem. Será que ele conseguiu dormir desde que tudo começou?

Para levar as coisas nesse ritmo, é claro que é um grupo de pessoas. Ou isso ou alguma criatura mítica absurda como aquela que ele vê no céu sempre que entra no plano astral. Mas aquela sempre esteve lá, ele não tem motivos pra suspeitar dela agora... Certo?

Sendo um grupo de pessoas, seus motivos automaticamente tornam-se mais focados do que simplesmente o prazer de matar ou a necessidade de alimentação. Eles tem um objetivo. Mas qual seria? Sacrifícios? Coleta de almas? Uma mensagem? Talvez eles revelem-se sozinhos a qualquer momento. Talvez.

E como eles fazem isso em todo o território de Las Vegas e imediações, como lhe foi informado? Como nunca foram pegos? É toda uma organização que não deixa rastros. Mas isso não seria grosseiro demais? É algo muito absurdo para que ele aceite como primeira possibilidade. Não, deve ter uma explicação. Talvez eles tenham uma espécie de ferramenta que faça o serviço por eles. Como um satélite... Nesse momento Montana encara a pretensa Estrela Polar. Ou talvez eles tenham algum meio místico que qualquer um de seus agentes pode invocar a qualquer momento. Seja qual for a explicação, Montana não consegue imaginar nenhuma possibilidade natural. Não nessa situação.

Talvez aqueles Scions estejam tendo mais sorte que ele. Eles obviamente estão se metendo nesse assunto pois já deduziram que não é só um crime mundano. Aquilo lhes concerne. Montana sabe que os outros Scions provavelmente receberam a mesma tarefa que ele. Protetores da humanidade. Serão confiáveis?

[Notas Pessoais]
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  • Pietro De'Angelis
    • -2 Lenda
    • -2 FV

  • Noah Connor
    • -2 Lenda
    • Marca da Vigília: Mendigo; Luke Colt
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Mensagem por Vittoria De'Angelis Sáb Jun 16, 2012 11:37 am

Tá, aquele era seu irmão. A deixava nervosa à toa, para já se colocar a beber sem dar muita atenção para a preocupação que ela demonstrava... Ou nem tanta assim. Devia ter oferecido a ele um whisky e não água.Havia cogitado essa hipótese, mas ele parecia ter corrido uma maratona e álcool desidrata ainda mais! Admitiu porém que gostou de jogar nele aquele copo de água, descontando ali sua raiva em forma de preocupação, exibindo um sorriso de quem gostoiu de fazer aquilo. O sorriso calmo de Pietro deixou seus nervos à flor da pele, mas que haveria de fazer, bater nele? Girou os olhos, frustrada... Mas o que deveria esperar, Pietro era assim... Era diferente dela. E por isso o amava afinal de contas.

Ao sair para fora do bar não via nada de diferente, a não ser os sinais da corrida de seu irmão até ali. Como sempre, nenhum rastro e a coisa o havia perseguido por três quarteirões? Várias mortes e o italiano havia conseguido escapar. Seria sorte, ou apenas por ser filho de Anúbis?
"Loki." Lembrou a si mesma, lançando um olhar para ele ligeiramente entristecido com aquele pensamento. Desejava que Anúbis ainda tivesse alguma consideração por ele, mas Pietro também parecia preferir a Loki... E não havia nada que pudesse fazer a não ser apelar para o pai que o protegesse ainda assim, uma vez que imaginava que Loki não se interessaria por isso devido a sua "fama". Seus dentes roçaram no lábio inferior em pequenas mordiscadas distraídas, perdida em seus pensamentos enquanto voltava para dentro do bar com os braços cruzados. - Já pedi para Connor fazer isso. - olhou para o jogador com um pouco de vergonha por ter meio que gritado, parecendo pedir desculpas com o pequeno sorriso que dava, pelo seu comportamento de momentos atrás. Apenas a ideia de perder o irmão lhe fazia enlouquecer. - Pela própria morte? Quer dizer que tem algum deus da morte por trás disso, é isso? - Seu pai estaria atrás disso? Não, ele havia lhe mandado ali para investigar e sabia que ele não era o único deus da morte que existia...

Casa, parede... Talvez no chão e se movimente pelos esgotos também. - Era um aparelho, mas o que o fazia se mover por tantos lugares na cidade para ter tantas mortes assim? -
Consegui um contato com uma mulher da homicidios para termos acessos aos arquivos... mas acho que você ser atacado nos deu uma boa vantagem. - bateu no ombro dele com o próprio ombro, dando uma piscadela para ele - Você é emo, Pietro... Não me meta nisso. - aproveitava para zoá-lo, mas levaria aquelas palavras a sério. - E vai pagar minha bebida no meio desses whiskys que pediu pra todo mundo, por ter me deixado preocupada. - agora que se sentia mais tranquila, até mesmo bateu no braço do irmão com alguma força, socando-o. Nada para machucar, é claro. Apenas... punição entre irmãos. Fazia isso enqunato aguardava Connor ligar para Luke, afinal o tempo urgia. Não poderiam perder mais aquela pista e ter que esperar um novo ataque a algum deles para que pudesse contar onde estava. Se haviam sido várias mortes, era mais de uma por noite desde o início dos ataques. Mais de um lugar ao mesmo tempo...?

Ficou em silêncio, olhando para a rua enquanto raciocinava -
Precisamos fazer o que Luke falou... Montar uma armadilha e um de nós sermos a isca. Arriscado, mas acho que chamará a atenção. A coisa não deve ter ficado feliz por você ter escapado, tentando atacar novamente ainda essa noite. - respirou fundo, descruzando um dos braços para jogar a franja para trás - Você já foi atacado uma vez... Eu ou Connor andamos mais a frente, enquanto os outros dois observam de longe. Afinal, temos que ir buscar Luke e podemos aproveitar essa chance. - sorriu de canto, olhando para Connor de forma divertida - Vamos tirar no par ou ímpar?
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Mensagem por Pietro De'Angelis Sáb Jun 16, 2012 2:25 pm

"Vamos lá corpo, aguente mais um pouco. O suficiente para mostrar a eles onde eles podem acabar com tudo..."

Caminhando com esforço, mas mantendo o sorriso no rosto e a aparência em dia, Pietro chegava novamente até a porta e encostava nela olhando para os outros dois. Mostrava um sorriso forçado mas com o tempo, ele aprendera a fazer seus sorrisos forçados parecerem sorrisos verdadeiros. Se mascaras e nunca mostrar suas fraquezas, era assim que Pietro vivia. Olhando profundamente para sua irmã ele juntava mais forças para falar calmamente.

- Bom.. veeeer ver eu não vi, sabe maninha, aquilo foi força de expressão. Vish, você precisa brincar mais Brincou e riu o Scion - O que eu ouvi foi algum tipo de engrenagem que estava ligada com o fato de eu estar morrendo. O barulho era nítido quando eu quase fui fazer uma visita a seu pai, maninha. Disse se referindo a Anubis e ignorando o fato de também ser filho dele.

Pietro ouviu o plano rápido que sua irmã contou. Ele balançou a cabeça negativamente.

- Olha, não sei que tipo de titica de galinha o Luke tem na cabeça, mas se um de nós for a isca a probabilidade de sairmos vivo é baixíssima. Vou confessar uma coisa para vocês. Ele abaixou a voz e esperou que os dois se aproximassem - Eu só saí vivo porque...[/i] Fez uma pausa dramática[/i] - Comi muito repolho e rabanada ontem de noite. Só precisei liberar o ar interno.

Após falar aquilo o Scion não aguentou e explodiu numa risada, enquanto se segurava na porta. Após recuperar o fôlego ele continuou.

- Mas sério. é improvável que alguém saia vivo se tentarmos isso. Creio que a melhor chance é pararmos de conversar e começar a caminhar até lá. Não sei se conseguirei guiar todo o caminho, então prestem atenção onde é.

dizendo isso, Pietro indicou com palavras exatamente onde estivera e de onde viera o barulho. Ele se esforçaria para seguir os dois, contudo, se isso exigisse muito dele, ele simplesmente pararia e descansaria um pouco. Um pequeno tempo já havia passado, talvez ele já tivesse tido seu fôlego recuperado a essa altura, talvez.

- De qualquer forma, liguemos no caminho. Não podemos perder tempo, ok? Connor, se puder me dar uma mão aqui grandão. Chega mais. Ele esperou o 'gigante' chegar próximo e sussurrou a seu ouvido, de modo que sua irmã não o ouvisse. - Seja o que for, é perigoso. Se algo acontecer, proteja essa mulher.

Eram poucas as vezes que a voz de Pietro se mantinha num tom sério. Ele olhou profundamente nos olhos do Scion e esperou que ele confirmasse que cuidaria dela. Em seguida, de preferência já caminhando para o local, Pietro dizia:

- Ele ataca internamente. Foi como ter um ataque cardíaco. Primeiro fiquei travado depois simplesmente caí...

Na hora que falou em cair ele se lembrou da dor do impacto e de seu rosto. Nesse momento, ele levou a mão ao rosto e encostou em seu nariz, gritando de dor logo em seguida.

- Arrr... Meu nariz... Como assim vocês não viram ainda? Arrrrgg. ta quebrado!! Quebrado!!!

Disse Pietro lembrando-se que seu nariz estava realmente quebrado!


Nota: gam, se qualquer ação minha for resultar em gasto de Lenda ou FdV que eu NÃO tenha falado, me avise para eu editar o post. Não gosto de sair gastando por coisa inútil. Como aconteceu na cena anterior, ok, mas nem tudo eu tenho como saber se preciso ou não gastar FdV. Bele?
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Mensagem por Luke Colt Sáb Jun 16, 2012 11:23 pm

Resumindo tudo, eu era o mais certo da história. Nada de chupacabras, apenas humanos. Ok, talvez não fossem humanos normais, mas ainda eram humanos. Aquele negócio de tempo... um poder além dos deuses... tudo se encaixava. Só podia ser Chronos, ou algum titã de outro panteão, se é que existe isso. Se não são nenhuma criatura, então não tem nada a ver com alimentação, as mortes tinham algum propósito. E quando eu menos esperei, matei toda a charada. Era algo tão óbvio. Zeus aprisionou seu pai e tios antes de se tornar o senhor do Olimpo. Se os filhos de Chronos estão matando tanta gente... arrecadando tantas almas... só pode ser para um propósito! Libertar os titãs! E pode até ser que haja filhos de outros titãs nessa.

A vovó preparava a próxima refeição do garoto com amor. Enquanto isso, Luke aproveitava aquele tempo para tentar assimilar toda a conversa que tivera com ela antes de tombar de cara no chão. Agentes do tempo... Quantos será que eles eram? Cinco? Dez? Quarenta? Pegou o celular, precisava avisar o progresso aos outros. Mandou uma mensagem pro Connor.

Cês não vão acreditar! Eles tão tentando soltar Chronos! Ah, e claro, não são chupacabras! Very Happy Acho que o nome desses putos é "Agentes do Tempo". São filhos dele, provavelmente. Só não sei como ele conseguiu fazer tanto filho preso no tártaro! Hahahaha! Pois é, tô rindo aqui, mas é porque eu sou babaca. xD Não tem graça não. Eu sei que são mais de um desses filhos da puta. Deve ter um ritual que peça almas e pá. Que nem quando o Babidi tentou soltar o Majin Boo? Com o poder do Gohan e talz.

O bolo já estava na mesa quando Colt apertou o botão "enviar". Ele comia tudo ferozmente, enquanto se perguntava "Será que eu fui o primeiro a sacar isso? Hahahahah! Eu sou foda!". Quando colocou o primeiro pedaço do bolo na boca, faltou escorrer uma lágrima pelo seu rosto. - Esse é o melhor bolo que eu já comi em toda a minha vida. - Disse olhando a vovó nos olhos, como se já conhecesse desde o nascimento. Rapidamente acabou o pedaço e o próximo. Estava delicioso.

Como saberia ele se pretende cumprir, sem nem saber ao certo o que era? Desviou o olhar dos olhos da cigana, enquanto pensava sobre aquilo. Iria matar o assassino da sua mãe, isso era fato, mas ele imaginou que ela estivesse falando da situação da cidade e que o rumo que aquilo tomasse iria afetar não só a cidade, mas todo o planeta... toda a humanidade. Era difícil admitir, mas a responsabilidade era dele. Se ele não o fizessem, quem o faria? Olhou nos olhos da mulher, e com muito pesar, se obrigou a dizer que sim. Naquele momento ele sabia. Acabara de perder sua vida, sua liberdade e sua vontade, em prol de todo um planeta que provavelmente nunca saberá que ele existiu
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Mensagem por Connor Dom Jun 17, 2012 2:36 pm

Mais um breve "bate-papo" sobre o que ser feito o que não ser feito, mas o importante é que eles AINDA estavam parado dentro do bar, perdendo tempo enquanto aquela criatura provavelmente fugia ou se escondia mais uma vez. Subitamente Pietro se levantava e começava a andar pela porta, e Connor nem tinha bebido a dose de Whisky por conta dele, não seja por isso, virou tudo de uma vez quase engolindo a pedra de gelo junto, deixou o dinheiro das duas cervejas e da bebida de Vittoria e foi acompanhar os dois.

No bolso da jaqueta o celular vibrava duas vezes e parava=, mensagem de texto, mas logo agora? Depois ele veria, primeiro tinha q decidir o que fazer com aqueles dois.

- Palavras de quem foi o atacado. Falava enquanto terminava de ouvir o relato do ataque a Pietro, e a ideia de servir de isca não agradava muito a Connor, mas era melhor que deixar uma mulher, ou um Scion semi-fodido pra servir de isca. - Essa ideia de Isca pode ser maluquice mas, se for preciso, ou vou ser a isca.

Os dois, provavelmente os três, não sem antes entrar na mesma explosão de risos que o outro Scion, pareciam até dois adolescentes bobos rindo de uma piada horrível, mas aquela foi genial, saíram do Bar e Connor ouviu o que Pietro queria lhe falar enquanto via a mensagem de Luke.

Cês não vão acreditar! Eles tão tentando soltar Chronos! Ah, e claro, não são chupacabras! Acho que o nome desses putos é "Agentes do Tempo". São filhos dele, provavelmente. Só não sei como ele conseguiu fazer tanto filho preso no tártaro! Hahahaha! Pois é, tô rindo aqui, mas é porque eu sou babaca. xD Não tem graça não. Eu sei que são mais de um desses filhos da puta. Deve ter um ritual que peça almas e pá. Que nem quando o Babidi tentou soltar o Majin Boo? Com o poder do Gohan e talz.

Terminou de ler a mensagem e deu outra risada, enquanto discava o numero do próprio. - Não é que o garoto descobriu que merda é essa!? Pelo que ele disse, são filhos de Cronos e 'tão tentando soltar ele do Tártaro. Chamava, chamava ... - Relaxa, eu to cuidando dela desde o começo, nem precisava ter falado isso ... Calma'e que ele atendeu. levantava o dedo indicador pra Pietro num sinal de "aguenta ae cara" enquanto falava com Luke. - Falae Luke, é o Connor. Seguinte, o Pietro foi atacado e descobriu onde esses bichos ai que tu disse estão escondidos. Nós 3 estamos indo lá e você encontra com a gente lá, 3 quadras do bar de mais cedo.

(Desenrolar da conversa)


Última edição por Connor em Qua Jun 20, 2012 5:49 pm, editado 2 vez(es)
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Mensagem por Luke Colt Dom Jun 17, 2012 3:26 pm

- Falae Luke, é o Connor. Seguinte, o Pietro foi atacado e descobriu onde esses bichos ai que tu disse estão escondidos. Nós 3 estamos indo lá e você encontra com a gente lá, 3 quadras do bar de mais cedo.

Luke já estava no terceiro pedaço de bolo quando o celular começou a vibrar no bolso da calça. Pegou ele e viu no visor, "Connor". - Aô! - Atendeu com a boca cheia. - Carai, e ele sobreviveu? Tá de boas? - Então Pietro foi o premiado no lugar dele. A velha cigana já disse que ele estava vivo, porém a morte é o pior dos problemas para um guerreiro. Cadeiras de rodas, tapa olhos, esse sim era o medo de Colt, não a morte. - Pera aê, explica direito esse lugar aí. 3 quadras subindo ou descendo a rua? - Esperou a resposta e disse. - Beleza, me dá uns 20 minutos que chego aí. - Ou talvez demore mais.

Desligou e terminou aquele pedaço de bolo. Se levantou, deu um beijo na testa da velhinha e foi embora. Não disse uma palavra. Aquele não era um adeus. Deixou a mochila lá, tinha claras intenções de voltar. Dessa vez, não deixaria se distrair, era todo atenção. A mente estava limpa, estava concentrado apenas em seus sentidos. O que via, o que escutava, o que cheirava. Até mesmo as mudanças na brisa. Se sentia parte do ambiente. Chegando lá, perguntou. - E aí? O que cês descobriram? - E olhou Pietro de cima a baixo, checando com seus próprios olhos se ele estava bem ou não.
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Mensagem por VanOwen Qua Jun 20, 2012 4:39 pm

"Aqui quem fala é Henrique Montana. Estamos todos mortos"

Para ele talvez não fosse nada tão desastroso, mas aquilo não era nenhum tipo de reforço para quem estava tentando salvar o mundo. E era assim que tentava se explicar agora à Noah Connor. Enquanto juntava as peças de seu quebra-cabeça, cogitou a possibilidade de ser o único que teria acesso àquelas informações. Sendo assim estava sendo diretamente responsável pela morte precoce daqueles scions e consequentemente da centena de cidadãos e pessoas que transitavam por Las Vegas. Pegara o número pessoal e atualizado do zagueiro da cópia do banco de dados da polícia investigativa. A única coisa boa que o departamento policial tinha em interagir com a CIA. Ligou para o zagueiro naquele momento, explicou-lhe a urgência da situação e finalizou com a célebre frase.

-Noah Connor? - prosseguiu sem esperar confirmação, como habitual da policia americana - Polícia de Las Vegas. Mas a minha profissão não é o que lhe interessa agora. Noah, você precisa juntar os outros filhos de deuses, nesse exato momento. Todos que houverem na cidade e que você possa conseguir algum contato. A situação é pior do que vocês imaginam, enfrentamos uma abdução em série de corpos e almas, num sistema de escala que deixaria Henry Ford para trás. Está entendendo o que eu estou te dizendo? É muito maior do que o noticiado, temos que fazer a cidade com uma das noites mais movimentadas do mundo declarar toque de recolher urgente, a menos que consigamos parar essa coisa de uma vez... Ah, perdoe-me os modos. Aqui quem fala é Henrique Montana. Estamos todos mortos, Connor. A menos que impeçamos essa coisa agora.

Antes de levar à boca mais um gole de cerveja, ponderou o fato de que a qualquer momento a criatura que engole o céu poderia estender sua lígua para engoli-lo também. Jogou a lata com cerveja pela metade na lixeira próxima enquanto combinava com o Scion brutamontes onde poderia encontrá-lo. Desceu ao apartamento e abriu a porta de seu armário, onde um terço do mesmo guardava relíquias astecas em louvor a seu pai. A face de pequenos crânios de seres humanos de todas as idades adornavam o lado interno da porta dupla daquele lado do armário.

"Eu sei velho, quase deixei que meu orgulho se sobrepujasse à minha cautela. Recuperarei cada humano que lhe foi roubada a dádiva da boa morte ou concederei-lhes a misericórdia para os que não o temem. Não permitirei que nenhum sangue mais seja derramado em vão. Esta cidade é sua pai, assim como todo o resto ao sul, sobre os maias e incas e toda sua decendência. O Deus de muitos nomes, O Inevitável, O Velho Amigo. Que essa cidade agradeça sempre às mãos da Santa Muerte."

Colocou um colete leve por baixo de uma de suas camisas, não que esperasse que os sugadores de corpos usassem pistolas automáticas, mas aquilo seria capaz de retardar alguma perfuração. Abriu sua gaveta e carregou dois pentes de sua Beretta, mesmo que não fosse o melhor dos atiradores. Quando a guardou, Grim veio até ele, talvez pressentindo que sairiam novamente.

-Vem cá, me deixe olhar seus dentes. - E com os polegares afastou os lábios do cachorro monstruoso. Seus dentes pareciam levemente verdes e seu hálito ainda amortecia o próprio dono. Parecia que o cachorro comia carne podre todos os dias. - Nossa - tapou o próprio nariz com a manga da blusa - está ótimo! Ta usando Sensodyne, amigão?

Saiu novamente para a noite, tendo em mente o único pensamento de poder voltar para o terraço e tomar uma dose de uisque. De preferencia, sem o medo de perder as tripas.
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Mensagem por Connor Qua Jun 20, 2012 6:19 pm

(Resto da conversa com Luke)

- Não não, relaxa que ta tudo tranquilo com ele. Agora vem que 'tamo esperando, 3 quadras subindo a rua. E desligava o celular, voltando a atenção a Pietro. - Tua irmã ta segura enquanto eu tiver de pé pelo menos, mas nessa confusão que pode acontecer era melhor vocês dois ficarem mais recuados não?

Não andaram muito e seu celular tremeu mais uma vez, achando ser Luke, Connor pegou o celular sem ele mal tocar, viu o visou .... "Numero desconhecido" é foda, mas Connor nunca ficava sem atender o celular, podia ser uma agencia querendo filme um comercial com ele, ou algo do tipo. Deslizou o dedo na tela para atender. - Pronto...


VanOwen escreveu:-Noah Connor? - prosseguiu sem esperar confirmação, como habitual da policia americana - Polícia de Las Vegas. Mas a minha profissão não é o que lhe interessa agora. Noah, você precisa juntar os outros filhos de deuses, nesse exato momento. Todos que houverem na cidade e que você possa conseguir algum contato. A situação é pior do que vocês imaginam, enfrentamos uma abdução em série de corpos e almas, num sistema de escala que deixaria Henry Ford para trás. Está entendendo o que eu estou te dizendo? É muito maior do que o noticiado, temos que fazer a cidade com uma das noites mais movimentadas do mundo declarar toque de recolher urgente, a menos que consigamos parar essa coisa de uma vez... Ah, perdoe-me os modos. Aqui quem fala é Henrique Montana. Estamos todos mortos, Connor. A menos que impeçamos essa coisa agora.

Antes de responder ao sujeito que ligava Connor fazia um sinal pra Pietro e Vittoria, colocava o telefone no viva-voz depois de " Noah, você precisa juntar os outros filhos de deuses, nesse exato momento." para que eles pudessem ouvir também. E só então respondia.

- Ôpa, temos outro Scion aqui então. Bom, não sei como você conseguiu meu telefone, nem como sabe disso tudo sobre mim, mas agora não é a hora de ficar de perguntinhas. Um de nós foi atacado e é quase certeza que encontremos essa criatura, tipo, AGORA! Se quiser nos ajudar seria de uma GRANDE ajuda, nem que seja no apoio moral... Os outros dois estão ouvindo também. Estamos na rua *tal tal tal* com a esquina *tal tal tal*, três quadras depois do Bar *Tal*

(Espera caso Henrique continue a conversa)
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Mensagem por VanOwen Qua Jun 20, 2012 7:36 pm

-Estou à caminho. - Disse ao scion, desligando em sua cara (como todo bom policial americano). Tanto faz, Connor não fazia o tipo sensível.
Caminhou pelas ruas abarrotadas sem se importar com os olhares que prestavam ao cão em sua coleira de ferro. Já era hora da cidade se acostumar com Grim e lhe prestarem alguma reverência. O colete que vestia, atribuia ao jovem uma estatura de rigidez, que não lhe era natural, mas a presença que causava por onde passava emanava de seu sangue. Montana sempre foi objeto de olhares, sempre foi sujeito as avaliações e preconceitos, bons ou ruins. Possuia o poder de despertar o interesse, tão natural quanto sua respiração.

Gostava de caminhar pela cidade. Desta vez, porém, deu-se ao luxo de apressar o passo, temendo que os outros scions fizessem alguma besteira de nível épico.

"Estranho pensar o que estamos fazendo.Caçamos algo que não enxergamos, não tem cheiro nem cor, não deixa rastros. Mas para serem tão numerosos, instantâneos e constantes... devem estar em toda parte, o tempo todo."

Novamente pegou-se pensando no Engolidor de Céu." Estivera adormecido e acordara com fome? Ou alguém o acordou? Vai comer toda a humanidade até acaberem as pessoas no Planeta? Espero que morra de fome depois." Talvez por isso não sentira nada diferente quando visitou o plano astral. Ele sempre esteve lá. O monstro. O devorador de corpos. O...

Parou. Estancou onde estava, à poucas ruas do local marcado. Largou a coleira de Grim que caminhou uns 10 passos sozinho e parou para esperar o dono, enquanto pessoas ao seu redor corriam. Talvez estivesse errado. Desejava estar errado, do fundo de sua alma. Se estivesse correto, aquele problema não poderia ser solucionado por ele, nem pelos rangers. Nem por Hércules, nem por Aquiles, nem por Jaguar Paw, o semideus maia. Aquilo era problema dos deuses. Não podia ser morto. Não podia ser vencido. E ficava mais forte a cada dia.

Thomas Hobbes o descreveu como uma criatura de proporções colossais, devoradora de homens e deles feita. Seus tentáculos se estendiam por quilômetros e pesavam toneladas e seu maior poder era o medo. A metáfora se referiria a um governante, mas nada impedia Hobbes de ser um Scion político com humor negro. Se a criatura que enfrentavam tivesse qualquer coisa a ver com o Leviatã, Henrique prometeu a si mesmo comandar uma onda de suicídio coletivo para que o monstro morresse de desgosto.

Rindo da própria desgraça, tomou novamente o cão em sua corrente e correu para o local marcado.
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Mensagem por Connor Qua Jun 20, 2012 8:00 pm

(Agora sim, terminando tudo)

Nem se deu ao luxo de responder o "tu tu tu" que o celular fazia, só o guardou o celular em seu bolso. Agora sim podia responder a Pietro e sua objeção sobre sua irmã.

- Pode ficar tranquilo cara, nem que eu ganhe meu lugar de direito do Valhalla, 'vô proteger tua irmã. Colocava a mão no ombro do Scion, mesmo sem saber quem era o pai, ou mãe dele, e depois retirava. A medida que os dois (ou três, não sei se a Pri veio tb) andavam Connor olhou para trás procurando algo, ou alguém, que pudesse estar seguindo eles.

- Mas cara, no meio dessa confusão que vai rolar, acho melhor vocês dois ficarem mais ... recuados ... não?
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Mensagem por Pietro De'Angelis Sex Jun 22, 2012 1:22 pm

Pietro observava a conversa que Connor tinha com Luke. Aparentemente ele também estava descobrindo coisas. Isso era bom. O Scion somente esperava que as coisas fossem realmente boas porque ele havia sentido o inferno minutos atrás e não gostaria de ter aquele sentimento novamente. Forçando-se para manter-se em pé, ele caminhava levemente.

_ Cronos??? O que sabemos sobre ele? Titã grande malvado de sempre?...

Pietro fazia a indagação para ninguém em particular. Ele soltava as palavras ao vento tentando raciocinar o que estaria acontecendo. Naquele momento ele lembrava-se de seus pássaros. Será que seus seus pequenos amigos estavam bem? Ele olhou para o céu, procurando algum sinal deles. Novamente ele sentiu um aperto no coração. Ele lembrava-se de um ter morrido. Ele ficaria realmente irritado e vingativo se algo tivesse acontecido com todos eles. Involuntariamente ele cerrou os punhos e sua expressão se fechou.

A expressão foi quebrada pelo segundo telefonema que Connor colocava no viva voz. Então havia mais um Scion na cidade além deles. Aquilo era bom, apesar de que o Scion tentava imaginar se isso realmente seria um aliado ou apenas alguém querendo pegar a glória para si mesmo. Afastando esse pensamento da cabeça ele soltava um leve sorriso com o segundo pensamento que passava por sua mente.

"Mais um Scion, mais algumas relíquias. Quando isso tudo acabar conseguirei um estoque bem interessante delas."

Um brilho malicioso foi dado em direção a Connor que logo se transformou em um sorriso e um balançar positivo da cabeça.

- Mais outro Scion. Isso é realmente bom. E obrigado por protegê-la. Pietro olhou para Vittoria que provavelmente ouvia tudo - Ela tem essa cara de brava e séria mas adora se meter em confusão Falou e começou a assobiar

- Retaguarda? Concordo, em gênero número e grau. Se eu escutar qualquer coisa avisarei a você. E grandão, esse bicho é maior do que seus músculos podem suportar, então abra os olhos.

Terminou dando um tapinha nas costas do Scion.
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Mensagem por Vittoria De'Angelis Sex Jun 22, 2012 9:14 pm

Franziu o cenho e torceu o nariz quando Pietro falava que precisava brincar mais. Não podia brincar com coisas sérias a serem resolvidas, ora bolas! Mas ficou quieta, ainda mais pelo modo que ele enfatizava o "seu pai". Sentia muito por ele pensar assim, mas não tinha escolha senão aceitar. Sua expressão, no entanto, ficou ligeiramente emburrada com as bochechas um pouco cheias e a boca fechada, comprimindo os lábios um contra o outro. Uma criança mimada provavelmtente tinha aquela mesma expressão. "Não é culpa do nosso pai se você não o quis." Pensava, desviando o olhar para longe dos outros dois Scions e cruzando os braços.

Não ria pela piada do Scion de Loki, pois esperava que fosse algo sério. Para brincar tinha tempo, mas para conversar sério e tomar as medidas necessárias não. Respirou fundo, fechando os olhos por breves instantes.
"Acalme-se..." e se lembrava do que havia sentido ao receber a ligação do irmão. Distraidamente sua mão tocou o colar que usava em volta do pescoço, observando Pietro com calma. Ele estava bem, e um dia ainda poderia falar para ele o que pensava a respeito de tudo aquilo. E poderia realmente rir com ele...

Sim, ligamos do caminho então... Não quero perder mais um rastro. - resmungou, voltando ao balcão em uma pequena corrida para pegar sua bolsa e deixar na frente do barman algo em torno de 150 dólares - Por todas as bebidas que o cara ali pediu e o que nós pedimos. - Sorriu, lançando ao homem uma pequena piscadela antes de voltar a correr de volta para perto dos dois Scions. - Podemos ir agora, senhores. - chamou enquanto parava ao lado de Connor, com Pietro surtando pelo nariz. Agora sim ela ria com um pouco de ironia e sarcasmo até - Você que chegou fazendo graça... Nos preocupamos com você, mas tratou como se não fosse nada. Então nem nos preocupamos mais. - Mostrou a língua para ele, caminhando um pouco mais a frente dos dois quando finalmente haviam deixado o bar. Para ela, que havia crescido com ele, sabia identificar no entanto quando seu irmão escondia algo, mas preferia não dar sinais de que o "entendia" de verdade... Ele poderia não gostar.

Concordo com Connor, maninho. Pode ser maluquice, mas ser a única chance que temos. Se não encontrarmos nada onde você foi atacado, não vejo outra solução. Mais pessoas já podem ter morrido, segundo o barman... Mas a ideia da isca será revista, Big One. Não é justo você se arriscar quando estamos em um grupo maior. - Deu uma piscadela para ele, virando o rosto para olhá-lo por alguns instantes. A justiça era algo importante para ela e não deixaria qualquer um se arriscar. Ainda mais agora que seu animal estaria de volta depois de seguir Luke. Saberia se defender, não era alguém repleta de emoções. Seu trabalho a ensinou que nem sempre uma lágrima era verdadeira, que nem sempre dizem aquilo que realmente deveriam significar. E o que ela sentia, nunca era importante em um tribunal. Aprendera então a dissimulá-los, manipulá-los e também manipular as pessoas para verem somente aquilo que ela quisesse. Foi assim que seu nome havia sido feito e seu coração endurecido.

Somente as palavras seguintes de Connor a fazia diminuir um pouco o passo ao ouvir sobre o garoto e Cronos. -
Cronos... Aquele titã pai do Zeus na história? Ahm? - quase podia rir... pelo pânico que a ideia de ver aquele bichão solto. Poxa, ele comia deuses, o que não faria com humanos? - Tá, se isso é verdade... Como paramos e quem é que teria interesse nisso, os Scions dele? - Titãs tinham Scions...? Em um mundo atual, falar daquelas coisas sempre lhe dava uma sensação estranha, a sensação de que a realidade havia mudado completamente e todos haviam voltado há milênios atrás... Enlouquecidos. Mas pelo menos Luke já estava a caminho e poderiam começar a investigar o local onde Pietro havia sido atacado. E seria intressante saber como o garoto havia conseguido aquela informação.

Mais uma ligação,agora a qual Connor deixava os dois irmãos ouvirem também pelo viva-voz. Um policial, huh? Talvez fazer justiça agora fosse mais fácil, seriam cinco Scions... Num deveria ser tão dificil agora enfrentar os enviados de Cronos. Tomara que não...

E o assunto se tornava sobre protegê-la e Vittoria girou os olhos impacientemente -
Maninho, eu posso me cuidar. Tenho mais juízo que você, como podemos ver pelo seu estado. Mas concordo, embora músculos provavelmente não possam impedir ataques que venham de dentro de você - franziu o cenho, parecendo refletir sobre aquilo. Emoções brotavam dentro das pessoas e tudo o que restava no final era sua pele.Será que força física seria de alguma utilidade então? Caminhava ao lado de Pietro, olhando para Connor e atenta a ele. - E você acabou sendo a isca, Big... - falava com um sorriso sabido, encarando a nuca do rapaz enquanto andavam até o ponto de encontro com Luke e o Scion estranho... E provavelmente com os planos de Cronos.
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Mensagem por Gam Sex Jul 20, 2012 8:51 am


[OFF]
Voltei! Perdão queridos, depois que acabaram as provas perdi mais uma semana até juntar coragem pra voltar aos fóruns.

Mas vem cá, como joga esse negócio mesmo?

[ON]
E então, finalmente, o grupo está feito. Cinco Scions, cinco filhos de entidades supremas diferentes reunidos ali. Paladinos da humanidade, responsáveis pelo resto de esperança de Las Vegas e, provavelmente, do mundo. Reunidos naquela pacata rua, todos eles agora se inclinam para observar de perto a fonte do som mecânico ouvido anteriormente na hora do ataque. A última coisa que eles teriam imaginado. Cinco seres com potenciais únicos para o impensável, e pensar que é algo minúsculo e insignificante que faz seus corações saltarem e suas têmporas suarem frio.

O que você tem por dentro? - Página 4 Lente-da-camera_616653

Eles jamais teriam visto se já não soubessem onde procurar. É um equipamento minúsculo, enfiado em uma fresta da parede. A lente não passa do diâmetro de um grão de arroz. Enquanto as cinco figuras se aglomeram como podem para observar aquilo, Pietro e Vittoria ouvem o quase imperceptível som da lente focando. Eles estão sendo observados também. Mas... há quanto tempo?

Luke Colt voltou diferente. Ele não está com a sua mochila nas costas, parece meio molenga e seus olhos estão muito vermelhos. O próprio garoto se sente ótimo, com a constante sensação de que o mundo se resolve sozinho e com o raciocínio ligeiramente letárgico. Ah, aquele bolo... Se não reparou que estava sendo seguido por um cachorro de orelhas grandes até agora, definitivamente não seria na volta que teria reparado. Ele está aéreo.

Henrique Montana, o policial, é magro e bonito. Distinto como Pietro (antes do atentado), mas com um toque afiado de crueldade. Algo no jeito como ele perfura com o olhar, talvez. Ele parece uma ajuda valiosa. Se não por seus talentos, seja quais forem, com certeza é por seu mascote. O temível cachorro de porte grande está sentado na rua, as orelhas em pé em curiosidade enquanto espera o dono. Ao lado dele, deitado no asfalto, o chacal de Vittoria parece mais um chihuahua. Ambos disciplinados, ao se encontrar os caninos se limitaram a cheirar um ao outro e não socializaram mais que isso.

Ainda tratando-se de mascotes, os corvos de Pietro não voltaram mais. Ao menos não por enquanto.

[Notas Pessoais]
  • Vittoria De'Angelis
    • -2 Lenda
    • Marca da Vigília: Chacal; Pietro De'Angelis

  • Pietro De'Angelis
    • -2 Lenda
    • -2 FV

  • Noah Connor
    • -2 Lenda
    • Marca da Vigília: Mendigo; Luke Colt
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Mensagem por Luke Colt Dom Jul 22, 2012 1:58 pm

Se a responsabilidade não o acompanhasse onde quer que fosse, Luke estaria caminhando com uma enorme sensação de liberdade e leveza pelas ruas de neon e letargia de Vegas. Sentia que os ventos do destino o carregavam para aquela ruela, declarada como ponto de encontro. Acabara de acordar, mas seus olhos ainda estavam baixos. Será que aquele chá era tão poderoso assim?

De longe, avistou os scions. A experiência de quase-morte de Pietro foi a última coisa que prendeu sua atenção. Que criatura era aquela? Apertou os punhos, e por sorte, percebeu antes de "esticar" sua arma que não era uma ameaça ao grupo. Prestando mais atenção, havia um desconhecido com os três. Ficou um tempo os observando de longe, até que julgou que o homem não era um inimigo. Como um filho de Cronos, por exemplo.

Caminhou até os restantes com um ar de voado, e só então pode dar uma boa olhada em Pietro. Roupa imunda e rasgada, nariz quebrado, andando com dificuldades. De cara dava pra ver que ele não estava bem. No olhar de Colt, havia uma tonelada de piedade e uma pitadinha de culpa. - Quê que tu viu? - Disse meio arrastado. Connor havia dito que descobriram o esconderijo dos "Cronetes", então antes de Pietro responder, já emendou outra pergunta. - Onde é que eles tão?

E cumprimentou o cara novo com um aceno de cabeça. - E aê?
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Mensagem por VanOwen Seg Jul 23, 2012 11:44 pm

Tecnologia.

A dádiva da humanidade era uma das responsável pela própria desgraça da espécie. Malditos sejam os deuses e suas briguinhas mesquinhas. Como na parábola de George Orwell , não estavam sendo somente controlados através da opinião, mas a cada movimento. Virou-se para os outros presentes:

-Precisamos recolher esta prova. Algum especialista precisa avaliar o equipamento, fabricante, instalação, todo o possível. Temos que descobrir para onde essas imagens são transmitidas, mas isso é algo que podemos adiantar agora. Alguém forte e delicado o bastante deve remover esta minicâmera sem danificá-la. Se houver um fio para dentro do edifício, teremos que segui-lo.

Olhou para o caucasiano que acabara de chegar. Parecia que não estava totalmente são. Montana sorriu levemente.

-Isso que você está usando é maconha? Haxixe? Teoricamente estou em horário de serviço rapaz, deveria prendê-lo por isso.

Falara em tom cordial, mas pouco interessado em respostas ou apresentações. Entregou a cada um ali seu cartão, com telefone celular e de escritório.

-Anotem meu número, por garantia. Enquanto isso vou tentar enviar uma equipe de busca nas quadras próximas. Mandarei que procurem mais equipamentos desse.

Fotografou o equipamento na parede e enviou para o escritório na central. Sugeriu que o equipamento poderia estar sendo usado para prostituição e tráfico, e solicitou uma busca imediata nas proximidades. Deveriam checar lentamente paredes, frestas e portas.

Em breve uma equipe também chegaria ali onde estavam. Teriam pouco tempo para entrar e checar tudo pelo lado de dentro.
Henrique carregou a Beretta e tomou Grim pela coleira.

-Vamos entrar?
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Mensagem por Pietro De'Angelis Ter Jul 24, 2012 8:07 am

"Viva lá revolucion!"

Pietro havia chegado no local com os outros. Um frio passou por sua espinha ao relembrar, momentaneamente, os minutos que passara ali. Sem que ele mesmo quisesse todo seu corpo ficou travado antes de se aproximar mais. Seus olhos vaguearam por toda a rua, observando cada detalhe que existia agora. Antes, desesperado em apenas sua sobrevivência, ele havia ignorado tudo e todos. Agora precisava se recobrar e entender de onde o ataque podia ter vindo, se seria apenas através de mágica...

"As vezes tenho que agradecer por ser filho de um deus... Naaah, na verdade não..."

Pietro soltou uma risada leve e baixa. Olhando para os céus procurava seus amigos. Eles haviam sumido. Será que algo realmente aconteceu? Da última vez um havia sido morto e agora, o que restou? Ao estar no lugar, Pietro percebia que mais uma pessoa se juntava ao grupo. O Scion fixou o olhar em Montana durante um segundo e então lembrou-se dele.

"É o mesmo homem que estava na locadora e me perguntou algo... Seria isso coincidência?"

Vendo a aparência do homem, Pietro sabia que aquele ali era, de certa forma, perigoso. Sabia rastrear quem quer que fosse e ainda por cima era policial, combinações que particularmente irritavam o Scion de Loki. Caminhou junto com todos sem falar muito. O "gato" comera sua lingua, ou então o lugar apenas trazia más lembranças. Colt se aproximava para falar com ele. Balançando a cabeça e saindo do próprio transe, o Scion esforçava-se para falar.

- Rapaz não vi nada não, e não sei se eu queria ter visto. Disse rindo - Bom, veio dessa direção o barulho...

E então mostrou a todos o pequeno equipamento. Minúsculo, potente e, de alguma forma, nada esclarecedor.

- Bom, alguém então nos vigia e, para atacar, provavelmente precisa de um contato visual... Maravilha, só temos que soltar uma bomba eletromagnética em las vegas e a pessoa ficará cega... Disse com um tom levemente irritado

Pegando seu telefone, Pietro ligava novamente para Frank Catton, seu contato de expertise em vigilância.

- olá de novo Frank, tudo bem? Diga-me, o quão longe você está de Las Vegas? Esperou a resposta de seu contato e então emendou - Pois então, tenho um aparelho de vigilância super sofisticado aqui. Uma câmera minúscula, perto do tamanho de um grão de arroz, negócio de primeira. Infelizmente ela não me pertence e preciso de alguma pista para saber de onde ela veio e para onde as informações vão. Tem alguma ideia de como posso resolver isso? Conhece alguém daqui que possa me indicar, darei uma boa parcela de meu serviço a você, como sempre.

Terminou rindo e esperando a reação de seu contato. Tudo foi falado um pouco distante dos Scions e da camera. Ele queria ver o que seria possível fazer agora. Enquanto conversava olhava para os céus, ainda procurando seus pássaros... Montana falava algo sobre entrar e Pietro apenas concordava com a cabeça, apesar de ainda estar no telefone ele era capaz de ouvir a conversa dos outros.
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